O Homem que diz Adeus
Um adeus à chegada
Todos os dias e todos as noites há um homem em Lisboa que transforma o adeus num olá. Um homem para quem as ruas do Restelo e a Praça do Duque de Saldanha não são em nada diferentes de um escritório com as suas memórias e rotinas. Acenar e soprar beijinhos a quem passa são, aos 74 anos, os maiores prazeres da sua vida. «Talvez seja esta a minha missão na Terra», diz aquele a quem a cidade e os automóveis que a atravessam baptizaram de Homem do Adeus. por JOÃO NASCIMENTO, in A Capital
Conheci o Homem do Adeus numa noite mansa e em quase tudo semelhante às outras noites de Lisboa. O meu olhar espalhara-se nos carros e nas montras e foi quando não o procurava que o encontrei. Vestia casaco e calças pretas e uma camisa vermelha apertada até ao último botão, isto apesar do calor de savana que há dias invadia a capital. Os óculos tão grossos nas lentes quanto nos aros salientavam-lhe a finura do rosto e o branco do cabelo - um nada comprido e penteado para trás - dava-lhe um ar de motorista de descapotável num filme italiano. Perguntei: «Tem horas?». Pergunta absurda eu sei, mas a verdade é que não me lembrei de nada mais exuberante para meter conversa com alguém de quem nunca me aproximara. Alguém que durante anos me parecera apenas existir a uma distância segura. Respondeu--me: «Não, mas passa pouco da meia-noite». Como resposta à resposta dele esbocei um ligeiro sorriso e depois disse: «Olhe, chamo-me João Nascimento e a razão porque estou aqui de bloco e caneta nas mãos é porque...». A buzina de um carro que rasgava o Saldanha em direcção à rotunda do Marquês de Pombal não me deixou terminar a frase. Ao volante alguém nos acenava. Uma rapariga, bonita até. O Homem do Adeus retribuiu o aceno com outro bem mais enérgico e com um beijinho soprado. «Alguém conhecido?»: perguntei. «Agora sim»: respondeu, sem desviar os olhos dos carros que passavam. Entre alguns veículos, outro que buzinava e outro ainda e assim constantemente. E de súbito uma explosão de rapazes aos pulos e aos gritos dentro de um Fiat Uno. Alguém desce a janela e ouve- -se em toda a extensão do largo: «Olá velhadas». E só então o Homem do Adeus olha directamente para mim e num franzir de sobrancelhas que me pareceu próprio de um amigo de sempre disse em tom cúmplice: «Malcriados». Ao perceber que alguma coisa tinha mudado avancei: «Não me quer contar a história da sua vida? Não o quero aborrecer, mas a única razão porque estou aqui é para o ouvir contá-la». Ao que o Homem do Adeus me respondeu sem receios ou suspeitas entre buzinadelas e acenos de mão: «Sabe porque faço isto? Faço isto porque não tenho mulher e não tenho filhos e custa-me entrar cedo numa casa vazia. Não gosto do barulho da chave na porta. Gosto é do convívio, das pessoas». Explicou-me então, entre cumprimentos e assobios de buzina, que fazer adeus a quem passa de carro é um trabalho em nada diferente de outro trabalho qualquer. Tem os seus horários, as suas obrigações e o seu salário. «Faço isto todos os dias, a não ser que esteja doente. Mais ou menos cinco horas por dia. Mais coisa menos coisa. Duas horas e meia de tarde, no Restelo, onde moram alguns dos meus irmãos e eu às vezes almoço, e outras duas horas e meia de noite, aqui no Saldanha. Ou aqui mesmo ao pé dos centros comerciais ou um bocado mais a baixo, mas sempre nesta zona. No Restelo não faço sempre o mesmo horário, mas o mais habitual é entre as seis e as oito e meia da tarde. Há noite sou mais cumpridor, normalmente estou aqui da meia-noite às duas e meia da madrugada». «Mesmo no Inverno, quando chove?»: perguntei. «Mesmo quando chove»: respondeu. «Tenho muita disciplina»: explicou. «Isto não é fácil. Tudo isto obedece a horários. Tenho de me arranjar para vir para aqui. Às vezes tenho de me lavar e pentear e jantar à pressa, nem imagina. Vivo em Benfica e isto ainda é um bocadinho longe. E no Inverno é complicado passar cinco horas em pé, ainda mais na minha idade. Duas e meia no Restelo e outras duas e meia aqui, como acho que já lhe tinha dito. Sai um bocadinho do pêlo estar assim exposto aos elementos, mas agasalho-me e pronto é aguentar». «E porque não desiste?»: perguntei. «É o meu remédio para o silêncio e para as insónias. É que eu não gosto de comprimidos, não gosto de calmantes nem dessas coisas. Comunicar faz- -me bem. As pessoas fazem-me sentir alegre. Gosto do ar livre, percebe? Se calhar é alguma missão que tenho. A gente sabe lá». Olhei para o Homem do Adeus e confesso que não vi um louco ou uma criatura extravagante, antes um empregado de escritório. Um homem decente e cumpridor, incapaz de dar uma falta não justificada, incapaz de chegar tarde à repartição de um lugar qualquer. A olhar para o relógio preocupado com o autocarro que não vem. A esgueirar-se entre os outros passageiros para sair na paragem do costume e depois de alguns passos corridos sobre as pedras gastas da calçada velha a chegar finalmente ao edifício onde trabalha vai para nove anos. Um lugar bastante despojado de elementos decorativos como são as molduras ou os vasos pequeninos em cima de secretárias que não existem rodeadas de paredes que não há. O cacarejo de uma buzina desperta-me dos meus pensamentos. «Amigo»: grita alguém do interior de um carro onde viaja um casal de meia-idade e um miúdo. «Os meus queridos»: diz-me ele. «Os meus queridos»: repete. O Homem do Adeus tem 74 anos e confidenciou-me que a razão porque não tem problemas em revelar a idade é porque a idade é um segredo próprio das senhoras guardarem nas caixinhas de música e não os homens. Os pais divorciaram-se era um menino de 13 anos e ainda hoje não recuperou do desgosto. Deixou de comer durante dias e desinteressou-se dos estudos para sempre. «Tornei-me um cábula»: recorda, embora não pareça dar importância ao que está a dizer. Entre irmãos e irmãs contam-se-lhe quatro de pai e de mãe e três só de pai, fruto de um segundo casamento. Empenhado em que o seu menino voltasse a interessar-se pelos estudos, o pai manda-o para Londres. Talvez fora do país a nostalgia que invadira o coração da criança acabe por desaparecer. Quem sabe? «O grande sonho do meu pai era que eu me formasse em Direito, mas isso não aconteceu. Tive três anos em Londres a aprender inglês. Também frequentei um curso de Filosofia. Gostava daquilo, mas não durou muito», conta, sem que por um segundo deixe de corresponder com acenos, beijinhos e sorrisos breves aos cumprimentos dos seus «queridos». Os avós eram ricos, riqueza que passou para os pais e para os netos. «Nasci na nobreza, não é isso. Na burguesia, acho que é assim que se diz. Negócios, comércio, está a ver. Era um menino de bem, pode dizer-se assim». No entanto, apesar de viver num ambiente financeiramente desafogado, o desinteresse que começara a demonstrar pelos estudos não tardou a estender-se a todo o género de obrigações até se transformar num obstáculo aos objectivos que a família lhe traçara. «Puseram-me a trabalhar numa casa de revestimentos. Uma coisa nossa e com muitos trabalhadores, que ficava ali para a Duque de Palmela.. Nunca me dei bem com aquilo. Não sei, tantas contas, tanta coisa, acabei por ter de trespassar a casa». Aos falhanços nos negócios somou-se um progressivo afastamento do convívio com quase todos os irmãos, em grande medida - conta - por questões relacionadas com partilhas de bens a quando da morte do pai. Durante os vinte cinco anos que se seguiram a mãe foi a sua maior companhia. Uma casa apalaçada junto à maternidade Alfredo da Costa era o seu refúgio, o sítio que lembra com mais saudade. «Eu e a minha mãe éramos muitos unidos, muito próximos. Ela morreu há nove anos e há nove anos que estou sozinho». Quatro anos passados sobre a morte da mãe saiu um dia para a rua e fez adeus a um carro que passava, cinco anos depois continua a fazê-lo todos os dias e todas as noites. «Quando acena a quem passa está a dizer adeus ou a dizer olá?»: perguntei. «É curioso que me diga isso, porque quando eu faço adeus às pessoas a verdade é que as estou a chamar. Se calhar sou o homem do olá»: respondeu. «Sabe que lhe chamam o Homem do Adeus, não sabe?»: perguntei. «O homem que vê Deus?»: respondeu. Eu não disse nada. Ele distraiu-se então com os carros e por uns segundos esqueceu-me. Não como se esquece a carteira ou o telemóvel numa mesa de restaurante, antes como se a conversa nunca tivesse começado. Foi então que reparei que na mão esquerda segurava um maço de cigarros de marca Dun Hill. Um objecto distinto junto a um casaco que já vivera melhores dias. «Fuma muito?»: perguntei. «Não, muito pouco. Mas estou sempre com o maço na mão. É uma distracção que tenho. E depois fica bem se estou a falar com alguém puxar de um cigarro para fazer ambiente, percebe? Bem, fumo o meu cigarrinho de vez em quando. Sei que faz mal, mas que quer? São manias».
Todos os dias e todos as noites há um homem em Lisboa que transforma o adeus num olá. Um homem para quem as ruas do Restelo e a Praça do Duque de Saldanha não são em nada diferentes de um escritório com as suas memórias e rotinas. Acenar e soprar beijinhos a quem passa são, aos 74 anos, os maiores prazeres da sua vida. «Talvez seja esta a minha missão na Terra», diz aquele a quem a cidade e os automóveis que a atravessam baptizaram de Homem do Adeus. por JOÃO NASCIMENTO, in A Capital
Conheci o Homem do Adeus numa noite mansa e em quase tudo semelhante às outras noites de Lisboa. O meu olhar espalhara-se nos carros e nas montras e foi quando não o procurava que o encontrei. Vestia casaco e calças pretas e uma camisa vermelha apertada até ao último botão, isto apesar do calor de savana que há dias invadia a capital. Os óculos tão grossos nas lentes quanto nos aros salientavam-lhe a finura do rosto e o branco do cabelo - um nada comprido e penteado para trás - dava-lhe um ar de motorista de descapotável num filme italiano. Perguntei: «Tem horas?». Pergunta absurda eu sei, mas a verdade é que não me lembrei de nada mais exuberante para meter conversa com alguém de quem nunca me aproximara. Alguém que durante anos me parecera apenas existir a uma distância segura. Respondeu--me: «Não, mas passa pouco da meia-noite». Como resposta à resposta dele esbocei um ligeiro sorriso e depois disse: «Olhe, chamo-me João Nascimento e a razão porque estou aqui de bloco e caneta nas mãos é porque...». A buzina de um carro que rasgava o Saldanha em direcção à rotunda do Marquês de Pombal não me deixou terminar a frase. Ao volante alguém nos acenava. Uma rapariga, bonita até. O Homem do Adeus retribuiu o aceno com outro bem mais enérgico e com um beijinho soprado. «Alguém conhecido?»: perguntei. «Agora sim»: respondeu, sem desviar os olhos dos carros que passavam. Entre alguns veículos, outro que buzinava e outro ainda e assim constantemente. E de súbito uma explosão de rapazes aos pulos e aos gritos dentro de um Fiat Uno. Alguém desce a janela e ouve- -se em toda a extensão do largo: «Olá velhadas». E só então o Homem do Adeus olha directamente para mim e num franzir de sobrancelhas que me pareceu próprio de um amigo de sempre disse em tom cúmplice: «Malcriados». Ao perceber que alguma coisa tinha mudado avancei: «Não me quer contar a história da sua vida? Não o quero aborrecer, mas a única razão porque estou aqui é para o ouvir contá-la». Ao que o Homem do Adeus me respondeu sem receios ou suspeitas entre buzinadelas e acenos de mão: «Sabe porque faço isto? Faço isto porque não tenho mulher e não tenho filhos e custa-me entrar cedo numa casa vazia. Não gosto do barulho da chave na porta. Gosto é do convívio, das pessoas». Explicou-me então, entre cumprimentos e assobios de buzina, que fazer adeus a quem passa de carro é um trabalho em nada diferente de outro trabalho qualquer. Tem os seus horários, as suas obrigações e o seu salário. «Faço isto todos os dias, a não ser que esteja doente. Mais ou menos cinco horas por dia. Mais coisa menos coisa. Duas horas e meia de tarde, no Restelo, onde moram alguns dos meus irmãos e eu às vezes almoço, e outras duas horas e meia de noite, aqui no Saldanha. Ou aqui mesmo ao pé dos centros comerciais ou um bocado mais a baixo, mas sempre nesta zona. No Restelo não faço sempre o mesmo horário, mas o mais habitual é entre as seis e as oito e meia da tarde. Há noite sou mais cumpridor, normalmente estou aqui da meia-noite às duas e meia da madrugada». «Mesmo no Inverno, quando chove?»: perguntei. «Mesmo quando chove»: respondeu. «Tenho muita disciplina»: explicou. «Isto não é fácil. Tudo isto obedece a horários. Tenho de me arranjar para vir para aqui. Às vezes tenho de me lavar e pentear e jantar à pressa, nem imagina. Vivo em Benfica e isto ainda é um bocadinho longe. E no Inverno é complicado passar cinco horas em pé, ainda mais na minha idade. Duas e meia no Restelo e outras duas e meia aqui, como acho que já lhe tinha dito. Sai um bocadinho do pêlo estar assim exposto aos elementos, mas agasalho-me e pronto é aguentar». «E porque não desiste?»: perguntei. «É o meu remédio para o silêncio e para as insónias. É que eu não gosto de comprimidos, não gosto de calmantes nem dessas coisas. Comunicar faz- -me bem. As pessoas fazem-me sentir alegre. Gosto do ar livre, percebe? Se calhar é alguma missão que tenho. A gente sabe lá». Olhei para o Homem do Adeus e confesso que não vi um louco ou uma criatura extravagante, antes um empregado de escritório. Um homem decente e cumpridor, incapaz de dar uma falta não justificada, incapaz de chegar tarde à repartição de um lugar qualquer. A olhar para o relógio preocupado com o autocarro que não vem. A esgueirar-se entre os outros passageiros para sair na paragem do costume e depois de alguns passos corridos sobre as pedras gastas da calçada velha a chegar finalmente ao edifício onde trabalha vai para nove anos. Um lugar bastante despojado de elementos decorativos como são as molduras ou os vasos pequeninos em cima de secretárias que não existem rodeadas de paredes que não há. O cacarejo de uma buzina desperta-me dos meus pensamentos. «Amigo»: grita alguém do interior de um carro onde viaja um casal de meia-idade e um miúdo. «Os meus queridos»: diz-me ele. «Os meus queridos»: repete. O Homem do Adeus tem 74 anos e confidenciou-me que a razão porque não tem problemas em revelar a idade é porque a idade é um segredo próprio das senhoras guardarem nas caixinhas de música e não os homens. Os pais divorciaram-se era um menino de 13 anos e ainda hoje não recuperou do desgosto. Deixou de comer durante dias e desinteressou-se dos estudos para sempre. «Tornei-me um cábula»: recorda, embora não pareça dar importância ao que está a dizer. Entre irmãos e irmãs contam-se-lhe quatro de pai e de mãe e três só de pai, fruto de um segundo casamento. Empenhado em que o seu menino voltasse a interessar-se pelos estudos, o pai manda-o para Londres. Talvez fora do país a nostalgia que invadira o coração da criança acabe por desaparecer. Quem sabe? «O grande sonho do meu pai era que eu me formasse em Direito, mas isso não aconteceu. Tive três anos em Londres a aprender inglês. Também frequentei um curso de Filosofia. Gostava daquilo, mas não durou muito», conta, sem que por um segundo deixe de corresponder com acenos, beijinhos e sorrisos breves aos cumprimentos dos seus «queridos». Os avós eram ricos, riqueza que passou para os pais e para os netos. «Nasci na nobreza, não é isso. Na burguesia, acho que é assim que se diz. Negócios, comércio, está a ver. Era um menino de bem, pode dizer-se assim». No entanto, apesar de viver num ambiente financeiramente desafogado, o desinteresse que começara a demonstrar pelos estudos não tardou a estender-se a todo o género de obrigações até se transformar num obstáculo aos objectivos que a família lhe traçara. «Puseram-me a trabalhar numa casa de revestimentos. Uma coisa nossa e com muitos trabalhadores, que ficava ali para a Duque de Palmela.. Nunca me dei bem com aquilo. Não sei, tantas contas, tanta coisa, acabei por ter de trespassar a casa». Aos falhanços nos negócios somou-se um progressivo afastamento do convívio com quase todos os irmãos, em grande medida - conta - por questões relacionadas com partilhas de bens a quando da morte do pai. Durante os vinte cinco anos que se seguiram a mãe foi a sua maior companhia. Uma casa apalaçada junto à maternidade Alfredo da Costa era o seu refúgio, o sítio que lembra com mais saudade. «Eu e a minha mãe éramos muitos unidos, muito próximos. Ela morreu há nove anos e há nove anos que estou sozinho». Quatro anos passados sobre a morte da mãe saiu um dia para a rua e fez adeus a um carro que passava, cinco anos depois continua a fazê-lo todos os dias e todas as noites. «Quando acena a quem passa está a dizer adeus ou a dizer olá?»: perguntei. «É curioso que me diga isso, porque quando eu faço adeus às pessoas a verdade é que as estou a chamar. Se calhar sou o homem do olá»: respondeu. «Sabe que lhe chamam o Homem do Adeus, não sabe?»: perguntei. «O homem que vê Deus?»: respondeu. Eu não disse nada. Ele distraiu-se então com os carros e por uns segundos esqueceu-me. Não como se esquece a carteira ou o telemóvel numa mesa de restaurante, antes como se a conversa nunca tivesse começado. Foi então que reparei que na mão esquerda segurava um maço de cigarros de marca Dun Hill. Um objecto distinto junto a um casaco que já vivera melhores dias. «Fuma muito?»: perguntei. «Não, muito pouco. Mas estou sempre com o maço na mão. É uma distracção que tenho. E depois fica bem se estou a falar com alguém puxar de um cigarro para fazer ambiente, percebe? Bem, fumo o meu cigarrinho de vez em quando. Sei que faz mal, mas que quer? São manias».
Olá. Na semana passada passei pelo senhor. Já o conhecia. O meu marido não. Tive muita vontade de falar com o senhor mas tive muito receio que o senhor não gostasse que falassem com ele. Mesmo assim estou convencida que falou consigo com alguma sorte.
Posted by AnónimoPrometi a mim mesma que viria pesquisar na net algo sobre o senhor do adeus.
Bem haja. Obrigada.
Teresa
sexta-feira, 27 novembro, 2009
Bastante interesssante o que escreveu. Sempre me fascinou o homem do Adeus. Sempre me questionei do porquê de estar ali a acenar horas a fio. Sempre neguei os mitos urbanos que já se criaram em seu redor. Afinal tinha razão naquilo que pressupunha. Dizer adeus, é um modo de matar a solidão. É dizer olá a quem pode trazer algum calor e conforto, mesmo que isto se passe em noites geladas de inverno. Pena que haja quem não compreenda que por vezes aqueles a quem apelidam "os loucos de lisboa" necessitam tanto de colo e atenção, como nós próprios.
Posted by Martasexta-feira, 30 julho, 2010
Há histórias que nos fazem felizes.. e o srº João, o homem que vê deus é um dos meus ícones de Lisboa!!
Posted by Dani» Enviar um comentário