Resumo de Lisboa
Resumo da minha estada de 9 dias em Lisboa:
Pontos positivos:
Estar lá, e, principalmente, estar, ver, sentir e cheirar os amigos e a família.
O tempo. Apesar de ter chovido, vi o Sol brilhar como já não via há alguns meses.
O Chiado e o Bairro Alto e os seus novos (ou nem tanto) cafés: Vertigo, Royale, Noobai, etc. (para além da Fnac!)
Ler. Revistas, jornais, livros, tudo em português. Uma sensação óptima.
Não sei porquê, mas acho os portugueses um pouco mais refinados que os holandeses, pelo menos os tugas urbanos.
A campanha de Francisco Louçà – Um político inteligente que não trata as pessoas como estúpidas.
As modas. É giro ver as portuguesas vestidas à “holandesa”.
A sensação de que um dia poderei voltar. Só não sei quando...
Pontos negativos:
A Sociedade Portuguesa quer Cavaco Silva de volta. A maioria dos portugueses quer Cavaco como Primeiro-Ministro, só que ainda não percebeu que já tem uma pessoa naquele lugar, e que essa substituição só é feita através de eleições. Estarão de volta os tempos do novo riquismo e do pouco sentido cívico tão característico dos anos cavaquistas???
O pessimismo generalizado. Já não paciência ver algumas famílias gastarem rios de dinheiro nas coisas mais inutéis, irem para o cabeleireiro fazer aquelas madeixas horríveis e queixarem-se que a vida está má. Para alguns, isso sim, está mesmo terrível.
O consumismo quase desesperado nas vésperas de Natal. Quanto dinheiro se gastou naqueles dias?: o que se tem e o que não se tem.
Apesar de começarem a aparecerem novos cafés, ainda são poucos e ainda perdem a batalha contra as inúmeras agências de bancos que se espalham pela cidade. Se calhar sou eu que estou mal habituado com esta verdadeira sociedade de cafés que é Amesterdão (e o resto dos Países Baixos).
A falsa tolerância da sociedade portuguesa. Os portugueses são tolerantes uma ova!!! Fala-se de casamentos gay, adopção por gays, prostituição legalizada, liberalização das drogas leves, ou mesmo assuntos mais leves como "ir viver sozinho com 22 anos", "trabalhar e estudar ao mesmo tempo", e tem-se uma daquelas discussões de horas, onde, no final, nós os holandeses emprestados quase que nos sentimos uns perigosos radicais...
A sensação de que, se calhar, não me vou sentir integrado se voltar a viver em Portugal...
E é tudo, se calhar em Março há mais...
Pontos positivos:
Estar lá, e, principalmente, estar, ver, sentir e cheirar os amigos e a família.
O tempo. Apesar de ter chovido, vi o Sol brilhar como já não via há alguns meses.
O Chiado e o Bairro Alto e os seus novos (ou nem tanto) cafés: Vertigo, Royale, Noobai, etc. (para além da Fnac!)
Ler. Revistas, jornais, livros, tudo em português. Uma sensação óptima.
Não sei porquê, mas acho os portugueses um pouco mais refinados que os holandeses, pelo menos os tugas urbanos.
A campanha de Francisco Louçà – Um político inteligente que não trata as pessoas como estúpidas.
As modas. É giro ver as portuguesas vestidas à “holandesa”.
A sensação de que um dia poderei voltar. Só não sei quando...
Pontos negativos:
A Sociedade Portuguesa quer Cavaco Silva de volta. A maioria dos portugueses quer Cavaco como Primeiro-Ministro, só que ainda não percebeu que já tem uma pessoa naquele lugar, e que essa substituição só é feita através de eleições. Estarão de volta os tempos do novo riquismo e do pouco sentido cívico tão característico dos anos cavaquistas???
O pessimismo generalizado. Já não paciência ver algumas famílias gastarem rios de dinheiro nas coisas mais inutéis, irem para o cabeleireiro fazer aquelas madeixas horríveis e queixarem-se que a vida está má. Para alguns, isso sim, está mesmo terrível.
O consumismo quase desesperado nas vésperas de Natal. Quanto dinheiro se gastou naqueles dias?: o que se tem e o que não se tem.
Apesar de começarem a aparecerem novos cafés, ainda são poucos e ainda perdem a batalha contra as inúmeras agências de bancos que se espalham pela cidade. Se calhar sou eu que estou mal habituado com esta verdadeira sociedade de cafés que é Amesterdão (e o resto dos Países Baixos).
A falsa tolerância da sociedade portuguesa. Os portugueses são tolerantes uma ova!!! Fala-se de casamentos gay, adopção por gays, prostituição legalizada, liberalização das drogas leves, ou mesmo assuntos mais leves como "ir viver sozinho com 22 anos", "trabalhar e estudar ao mesmo tempo", e tem-se uma daquelas discussões de horas, onde, no final, nós os holandeses emprestados quase que nos sentimos uns perigosos radicais...
A sensação de que, se calhar, não me vou sentir integrado se voltar a viver em Portugal...
E é tudo, se calhar em Março há mais...
Clap! Clap! Clap! Clap! Clap!
Posted by C@Bquinta-feira, 29 dezembro, 2005
Oh Filipe: portugueses vestidos à "holandeses"? essa tá demais... será mesmo esse o centro do universo que dita modas? olha que não, olha que não... obviamente também não será este mas sejamos sensatos. A questão do Louçã também achei alguma piada. Inteligente, sem dúvida. Se trata as pessoas como estúpidas: meu caro, não é apenas ele. :-) desculpa o radicalismo mas já sabes que quando toca a defender este cantinho à beira-mar plantado sou por vezes intransigente.
Posted by Anónimoquinta-feira, 29 dezembro, 2005
Inês, não leste bem, escrevi que o Louçã não trata as pessoas como estupidas, e é o único a fazê-lo!
Posted by Filipe GilQuanto à moda, é verdade, enquanto as portuguesas, e as do Sul, ditam as modas nos biquinis e nas coisas de Verão, aqui na Holanda é dos primeiros países onde a moda urbana e de Inverno vinga. Cá testam, e depois, 1 ou 2 anos depois aparece em Portugal. O que acho que até tem piada. Tem menos piada é a mentalidade das pessoas que ainda é muito conservadora. Por isso quando vêm as botinhas brancas ou outras que tais primeiro criticam, e depois compram-nas. Mas isto nem interessa mesmo nada. O que interessa é a mentalidade no geral. E disso é que tenho pena.
Sónia:
Por acaso cada vez mais acho piada a ser português, ou latino, aqui na Holanda. Tem piada, somos exoticos e elas/elas acham-nos ainda mais piada. Mas para mim foi importante para descobrir de onde venho e porque reago de determinada forma a certas coisas.
Sou um dividido. Gosto, adoro Portugal, mas não consigo passar sem a Holanda. Sempre foi um sonho que tinha desde 1996...
Viva Portugal, Viva a Holanda!
sexta-feira, 30 dezembro, 2005
Filipe: li e entendi o que escreveste sobre o Louçã. Não me enganei, foi propositado. Ele é inteligente o suficiente para manipular ideias e mentes. É de louvar, claro, até certo ponto. Se tens a certeza que não trata as pessoas como estúpidas nisso já não ponho as minhas mãos no fogo. E não me refiro apenas a ele.
Posted by AnónimoEm relação às modas, sinceramente é do tipo de assunto com menos interesse. Pensa assim, o frio também chega aí primeiro do que cá... so?
E sim, somos conformistas e adoramos dizer mal do nosso País. De preferência, conformando-nos e deixando tudo na mesma. Isso sim, deve ser mudado. Na parte que me toca, vou fazendo um esforço e não trocava esta cidade sequer por Nova Iorque. Bisous
terça-feira, 03 janeiro, 2006
Mas qual é o mal de a "moda" demorar tempo a chegar a Portugal ?
Posted by Pedro SáPara além de isso ser totalmente indiferente, parece que é BOM ou mesmo OBRIGAÇÃO andar-se atrás das vontades dos estilistas...
Por mim, já me chega sentir-me discriminado a torto e a direito por cada vez mais a roupa ser feita para APENAS cair bem a gajos magros, e com músculos de preferência !
terça-feira, 03 janeiro, 2006
1. Eu pelo contrário não tenho nada contra o novo-riquismo. Atenção que essa expressão é das mais discriminatórias que há, e tem por base a vontade de inexistência de possibilidades de ascensão social. Como se apenas pudessem ser ricos aqueles que nascessem assim.
Posted by Pedro Sá2. Quanto ao sentido cívico, é o mesmo de sempre. Não tem nada a ver com governos.
3. Espanta-me ver-te a utilizar o moralismo cristão mais decadente. Cada um sabe o que faz ao seu dinheiro, e ninguém tem nada com isso. Não podemos ter a veleidade de achar que as opções dos outros são inúteis...é como se continuássemos a achar que todo o dinheiro tem que ser gasto de acordo com o que a Santa Madre Igreja diz ser virtuoso ou pecaminoso...
4. Da mesma maneira, condenar o consumo é abraçar o cristianismo mais reaccionário.
5. Xiça, que não há maior sociedade de cafés que Portugal...
6. A tolerância portuguesa é muito especial. Toda a gente é contra, menos para as pessoas conhecidas.
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