20% dos licenciados fogem de Portugal
Estes números não me espantam, aliás até acho que irão aumentar nos próximos anos. Faz-me recordar uma conversa com uma amiga holandesa (que conhece bem a realidade portuguesa) que me perguntava porque está tudo a sair de Portugal quando o país precisa de nós, mais do que nunca.
Eu respondi-lhe, no meu holandês primitivo, que já não há paciência para tanta porcaria, tanto sofrimento, tanta inércia, enquanto alguns, poucos, estão muito bem, outros, a maioria, está muito mal. Ser licenciado e viver com 600 euros mensais é um escândalo, ainda para mais quando o custo de vida, esse sim, está ao nível europeu...
Quem não está bem muda-se (nem que seja apenas por uns tempos). E é isso o que está a acontecer com muitas pessoas.
A notícia do Diário de Notícias
20% dos licenciados fogem de Portugal
Um quinto dos portugueses com ensino superior não trabalha em Portugal. Este número, que consta de um relatório do Banco Mundial (BM) onde é analisado o fenómeno da fuga de cérebros, dá conta de que Portugal é o país europeu de média/grande dimensão mais afectado pela saída de licenciados e quadros técnicos.
Na lista dos Estados com mais de cinco milhões de habitantes, Portugal é 21.º, com a maior percentagem de licenciados a residir fora das fronteiras. Mas esta é uma realidade com traços mundiais entre 1990 e 2000, o fluxo de imigrantes qualificados cresceu a um ritmo anual de 800 mil pessoas.
Na lista dos países maiores (com mais de cinco milhões de habitantes), elaborada a partir de dados relativos a 2000 e liderada pelo Haiti, surgem a seguir a Portugal mais dois países europeus a Eslováquia e o Reino Unido, ambos com 16,7% da sua população qualificada emigrada. Neste panorama, convém não esquecer que Portugal é um país com forte tradição de emigração. Por outro lado, o relatório do BM não distingue entre as pessoas que emigraram depois de se licenciarem daquelas que frequentaram o ensino superior no país de destino. Uma situação onde estarão muitos jovens nascidos em Portugal, que abandonaram o país ainda crianças, acompanhando os pais emigrantes.Contudo, a saída de jovens licenciados de Portugal em busca de melhores paragens é um fenómeno que ganha peso. José Cesário, secretário de Estado das Comunidades nos dois anteriores governos sociais-democratas, afirma que o número do BM "não é surpreendente", já que estes fluxos são "cada vez mais evidentes".
Garante que, por exemplo, dos jovens portugueses que se formam em algumas das melhores universidades norte-americanas "regressarão apenas entre 10 a 20%". Até porque, "em matéria de investigação, as condições das instituições estrangeiras são melhores".
Eu respondi-lhe, no meu holandês primitivo, que já não há paciência para tanta porcaria, tanto sofrimento, tanta inércia, enquanto alguns, poucos, estão muito bem, outros, a maioria, está muito mal. Ser licenciado e viver com 600 euros mensais é um escândalo, ainda para mais quando o custo de vida, esse sim, está ao nível europeu...
Quem não está bem muda-se (nem que seja apenas por uns tempos). E é isso o que está a acontecer com muitas pessoas.
A notícia do Diário de Notícias
20% dos licenciados fogem de Portugal
Um quinto dos portugueses com ensino superior não trabalha em Portugal. Este número, que consta de um relatório do Banco Mundial (BM) onde é analisado o fenómeno da fuga de cérebros, dá conta de que Portugal é o país europeu de média/grande dimensão mais afectado pela saída de licenciados e quadros técnicos.
Na lista dos Estados com mais de cinco milhões de habitantes, Portugal é 21.º, com a maior percentagem de licenciados a residir fora das fronteiras. Mas esta é uma realidade com traços mundiais entre 1990 e 2000, o fluxo de imigrantes qualificados cresceu a um ritmo anual de 800 mil pessoas.
Na lista dos países maiores (com mais de cinco milhões de habitantes), elaborada a partir de dados relativos a 2000 e liderada pelo Haiti, surgem a seguir a Portugal mais dois países europeus a Eslováquia e o Reino Unido, ambos com 16,7% da sua população qualificada emigrada. Neste panorama, convém não esquecer que Portugal é um país com forte tradição de emigração. Por outro lado, o relatório do BM não distingue entre as pessoas que emigraram depois de se licenciarem daquelas que frequentaram o ensino superior no país de destino. Uma situação onde estarão muitos jovens nascidos em Portugal, que abandonaram o país ainda crianças, acompanhando os pais emigrantes.Contudo, a saída de jovens licenciados de Portugal em busca de melhores paragens é um fenómeno que ganha peso. José Cesário, secretário de Estado das Comunidades nos dois anteriores governos sociais-democratas, afirma que o número do BM "não é surpreendente", já que estes fluxos são "cada vez mais evidentes".
Garante que, por exemplo, dos jovens portugueses que se formam em algumas das melhores universidades norte-americanas "regressarão apenas entre 10 a 20%". Até porque, "em matéria de investigação, as condições das instituições estrangeiras são melhores".
A India dizia que era um pais demasiado pobre para nao investir em investigacao... E so um exemplo, mas e conhecimento que paises como Holanda, EUA, Franca entre outros vendem e no futuro poderao ser uma vantagem. E o mesmo a respeito de arte, entre outras areas. Em Portugal essas areas sao vistas muitas vezes como "caprichos" das pessoas... porque podem nao ter uma aplicacao imediata, so se ve a curto prazo, nao ha planos para o futuro...
Posted by Margaridasexta-feira, 28 outubro, 2005
Só 20%?!?!
Posted by C@BOs outros 80% andam a dormir ou desistem da vocação?...
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