As Marquises Portuguesas
Porque se deixa construir marquises em Portugal??? Que horrível fenómeno de bimbice é este que não se vê em mais lado nenhum da Europa.
Notícia do Público:
Um casal interpôs uma acção judicial contra alguns vizinhos para exigir a demolição de marquises ilegais que dizem transformar “num galinheiro” um edifício de autor dos anos 70 situado no Campo Grande, em Lisboa. Desenhado pelo arquitecto Alexandre Steinkritzer Bastos em 1974, o prédio, que assenta em colunas que libertam o terreno ao nível do rés-dochão, é revestido com pedra ornamental clara, de onde sobressaem as ilegais vidraças e caixilhos escuros que fecham as varandas. “Deformar e abastardar um prédio por simples questões de capricho não deveria ser a norma”, disse Fátima Gysin, que interpôs uma acção judicial contra moradores de cinco andares e que decorre há mais de um ano no Tribunal Cível de Lisboa e cuja leitura da sentença está marcada para 14 de Março.
Moradora do segundo andar do prédio desde 2002, Fátima Gysin lamenta que a autenticidade da construção tenha sido “parcialmente prejudicada” com o fecho das varandas na fachada principal, produzindo o “chamado efeito galinheiro”. E diz não compreender a razão que leva pessoas que moram em casas com mais de 200 metros quadrados a fecharem as varandas para conseguirem mais espaço, desrespeitando a arquitectura do edifício. “Não há consciência, nem respeito pelo público”, salientou a moradora, sublinhando que o edifício está num bairro frequentado diariamente por milhares de pessoas e que faz parte do “cartão de visita” da cidade.
como arquitecta fico chocada com a quantidade e com a naturalidade com que as pessoas nem sequer pensam duas vezes para fecharem as varandas... com um clima assim tao bom, porque raio se querem fechar em casa???
Posted by andreaja que vivemos em blocos de casa, ao menos mantenham as varandas abertas... o ar puro, ou pelo menos fresco FAZ BEM!!!!
segunda-feira, 06 março, 2006
1. Essa situação está actualmente regulamentada, num regime legal onde impera o bom senso. Legalizar as marquises dentro de normas aceitáveis.
Posted by Pedro Sá2. Temos que enquadrar o fenómeno dentro da necessidade das pessoas, nas suas menores posses, conseguirem mais uma divisão. Querer sacrificar as necessidades individuais por motivos estéticos é um total absurdo.
3. Quem interpôs a acção fê-lo por duas únicas razões: querer parecer bem para alguns supostos "bem pensantes" e para se armar em pseudointelectual.
quinta-feira, 06 abril, 2006
Como proprietário, concordo com a colocação de marquises, desde que se respeitem regras, nomeadamente, que todas sejam iguais.
Posted by PapiresAH! E queria lembrar o seguinte: esta senhora só reclamou porque em 2003 não a deixaram colocar um Consultório Médico na sua habitação :)
AH POIS É!!! Eu bem sabia que isto tinha água na boca...
E esqueçam lá isso da BIMBICE! Eu coloquei em todas as varandas da minha habitação Marquises, garanto-vos que estou bem melhor a nível de ruido, frio, e, não sou obrigado a concordar com o que o Arquitecto desenhou e o Eng. Civil constroi. Ou será que vocês os arquitectos são os suprasumos do bom gosto?????
quinta-feira, 06 abril, 2006
Noticia no DN
Posted by PapiresJoaquim Moreira, advogado dos réus que têm as marquises em suas casas, relembrou a data da primeira assembleia de condóminos, no ano de 1977, quando a maioria das varandas já estava fechada, reconhecendo que por isso não existiu uma autorização dos condóminos para a instalação daquelas estruturas. O advogado referiu ainda o facto de a autora do processo só ter adquirido a sua fracção em 2002 e de só se ter mudado no início de 2003. "Gostaria de fazer uma pergunta aos autores do processo que nunca me responderam no julgamento: viram o prédio antes de comprar a casa, habitaram a casa, fizeram obras e só com esta acção é que levantaram a questão?", deixou no ar.
O causídico destacou ainda as actas das assembleias, onde "não há qualquer referência ao fecho das varandas, nem sequer em Janeiro de 2003, quando os autores foram interrogados sobre o uso da sua fracção como consultório médico".
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