De socas nos pés

Dos Países Baixos para o mundo...

25 de ABRIL SEMPRE!!!!!


Viva a Liberdade, Viva a Revolução. Viva o 25 de Abril.

Que a Revolução se faça todos os dias na cabeça dos portugueses.Não nos podemos resignar. Há muito do 25 do A. que ainda está por fazer.

Viva Portugal
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terça-feira, 25 abril, 2006

eu ainda não me decidi se o 25 de baril foi assim tão positivo...    

Posted by Blogger andrea

quarta-feira, 26 abril, 2006

Pensa que, se fosse na altura da ditadura, e se não tivesses amigos do regime seria muito difícil saíres de Portugal para estudares.

Pensa tb que seria impossível termos internet sem o controlo do regime (como se passa actualmente na China). Pensa nisso e a resposta sobre o 25 de Abril é quase imediata.

Mas, já agora pergunto, se o 25 Abril não tem acontecido, como estariamos nós, portugueses?    

Posted by Blogger Filipe Gil

quarta-feira, 26 abril, 2006

se não tivesse havido 25 de abril de 1974 como o que foi, muito provavelmente a minha familia não teria perdido muita coisa em Moçambique, não teria tido que fugir e deixar tudo aquilo que ocnstruiu em 40 anos que là esteve, não teria que chegar a Portugal, atrasado como nem imaginas e começar de novo, quando Moçambique, mesmo no mato era bem mais avançado, seja de coisas materiais, seja em mentalidade seja em estudos!... para não falar da arquitectura!

senão housesse este 25 de abril, eu teria là nascido, e hoje muito provavelmente estaria là, onde o sol nasce todos os dias, onde a simplicidade de vida, se goza melhor do que nestes países ditos modernos onde sorrir custa mais que um telemóvel!

...continuo com as minha dùvidas...    

Posted by Blogger andrea

quarta-feira, 26 abril, 2006

Ok. Vamos mudar de assunto. Já vi que posso ferir susceptibilidades e este blog não é para isso, e para mais não te conheço assim tão bem para abusar.

Mas, não consigo deixar de dizer algumas coisas:

1.Enquanto alguns estavam bem em Moçambique e Angola, existiam outros que andavam a morrer por eles. Gerações de jovens que perderam a vida por um terra que não era deles. Moçambique é dos Moçambicanos, pretos ou brancos, como Angola é dos Angolanos, brancos ou pretos.

A ideia de colonialismo é algo que nào compreendo. Sinceramente!

Enquando em Portugal Continental não existia Liberdade, pessoas eram torturadas, e as igualdades eram menores do que hoje, outros estavam bem nas Colónias.

2. Como sabes a história recente do século passado fez com que existissem inumeros retornados (odeio esta palavra) em vários países da Europa. Bélgica e Holanda incluídos.

3. Não conheço ninguém em Portugal que tenha vindo de Moçambique ou de Angola que esteja na míseria. Todos eles se integraram muito bem na sociedade portuguesa.
Acho que existe, obviamente, alguma saudade pela natureza e forma de vida Africana. E isso respeito. Mas não gostar da Liberdade??? Conheço pessoas que tiveram belas vidas em África, mas que percebem a importância do 25 de Abril.

4. Podes sempre naturalizar-te Moçambicana e ires para lá ajudar? Porque não? Não estou a ironizar. Se calhar se tivesse nascido em Angola, pediria a nacionalidade de volta.

5. O meu pai fez a guerra de Angola e a minha mãe viveu vários anos em Moçambique.

Contudo volto a afirmar que respeito as tuas posições, faz-me só um pedaço confusão confundir-se o regresso das Colónias com o 25 de Abril. A descolonização iria acontecer sempre, os EUA já andavam a pressionar Portugal há muito....

Bjos, e espero que o teu dia corra melhor!    

Posted by Blogger Filipe Gil

quarta-feira, 26 abril, 2006

Acho verdadeiramente inacreditável o atroz egoísmo desta gente que queria continuar a viver em ditadura e com uma prática discriminatória de colonialismo.

Se saíram dos países africanos foi por pura opção própria. Exactamente a mesma que leva pessoas a emigrar, por razões idênticas ou por outras.

E inacreditável é que ainda haja quem defenda um império colonial porque "eles não sabem governar-se sozinhos". Se tal fosse o caso, como se isso fosse problema nosso.

Pior. No Sábado, numa festa de anos, ouvi quem dissesse que o País estava melhor em 1969 que agora, basicamente por causa das reservas de ouro.
Ouviu logo: "claro, claro, o banco cheio de ouro e o povo a morrer à fome".

É esta a direita que temos. Profundamente saudosa da ditadura.
Unicamente com pensamentos no entesouramento e medrosa até às últimas consequências.
Beata.
Hipócrita.
Etc.    

Posted by Blogger Pedro Sá

quarta-feira, 26 abril, 2006

fg, desculpa mas eu queria aqui dizer que não sou contra a liberdade, mas a maneira como se obteve. a descolonização foi uma consequência, se os EUA estavam a pressionar era só porque queriam là meter o nariz numa coisa que não era deles e que os portugueses JUNTAMENTE com os moçambicanos ajudaram a criar!
aliàs vê-se que queriam muito que Angola e Moçambique fossem livres porque agora é bem melhor deixá-los na miséria e tirar de là as matérias-primas!!
quero também dizer que não me falem de colonização nos anos 40 ou 60 como uma nova escravização (e agora não sei se se escreve assim) porque tenho provas que não era nada disso que se passava naqueles paises. e até em portugal hoje em dia hà pessoas que tratam pior os empregados. os meus avós deram casa, escola, comida e roupa lavada e EDUCACÃO a muitos moçambicanos, pretos ou brancos, amarelos ou roxos!

ao contràrio de ti fg, conheço muitas pessoas que tiveram que lutar imenso para ficarem em portugal,não familia mas conhecidos, essa palavra "retornado" não tem significado nenhum para quem nasceu num país bem mais desenvolvido que protugal e de repente vê-se com a roupa do corpo num país atrasado não só economicamente mas MENTALMENTE! ainda por cima trataram os "retornados" como se fossem ILEGAIS!
aliàs, basta juntares um grupo de moçambicanos (retornados) e portugueses ves logo a diferença de espirito e de cabeça!!

não disse nunca que deviam ter ficado em africa porque estão pior ou "não conseguem viver sozinhos!", hà limites para o ridiculo.

sou a primeira contra a guerra, não percebi porque aconteceu e como aconteceu. e por isso não a defendo, mas queria saber se não foi consequência da desconolização... là està, hà modos e modos!!

quanto a sr. Pedro Sàa, não o conheço mas eu não sou de direita e muito menos acho que não se deveria ter lutado pela liberdade, mas por vezes a liberdade prejudica muitos... e é isso que me deixa preplexa. eu tenho 26 anos, não sei como era viver em Lisboa antes do 25.04 mas pergunto-me se o que temos agora é uma verdadeira liberdade. poder comprar e ficar embebido em dividas é ser livre? ou é ser ESTUPIDO? haver uma descrepancia assim tão grande de riquezas e pobrezas é ser livre ou é viver com os olhos fechados porque mais vale nem ver?

ganharam a liberdade de expressão... boa! apoio a 100%... expliquem voçês que viverem o antes e vivem agora o depois o que quer dizer LIBERDADE! explique voçê Pedro Sà porque para si a liberdade é isto, é esse país onde vive.
eu não quero afirmar que não valeu a pena, ou não se deveria ter feito nada, mas quero aprender, e acho que aprender de quem a viveu era bem mais util!

ah.. quanto ao Imperio Colonial... alguma vez tivémos Império?????? por amor de Deus!    

Posted by Blogger andrea

quarta-feira, 26 abril, 2006

Bicuka: não achas que se calhar estás idealizar um país que nunca existiu?

Concordo contigo que algumas pessoas da ex-colonias são mais avançadas socialmente que as que estavam no continente. Só não percebo é porque, maioritáriamente votam no PSD e CDS, dois dos mais retrógados partidos da Europa. Uma direita assim não se usa - a não ser a de Berlusconi.

(Depois mando-te um mail pessoal sobre uma exposição que uma amiga minha vai ter aqui em Amsterdão sobre as memórias de África na nossa geração. Acho que era interessante vires ver)    

Posted by Blogger Filipe Gil

quarta-feira, 26 abril, 2006

bicuka, começando pelo fim, sim, tivemos Império. Apenas não lhe chmávamos assim. Mas ter territórios em vários pontos do planeta que mantinhamos à força á aquilo que define um Império. Menor que o britânico, mas Império ainda assim.

Quanto à forma como começou a guerra, a resposta é simples: pela vontade de liberdade. Fossem educados ou não, os moçambicanos, angolanos, etc, queriam ser livres de Portugal. É um sentimento normal. Depois, quando se fez a desconolização (que nada teve a ver com os americanos) a guerra continuou. Porquê? Porque havia um lado (em Angola o MPLA, em Moçambique a Frelimo) apoiada pela URSS e outro (em Angola a UNITA e em Moçambique a RENAMO) apoiado pelos EUA. E recursos (especialmente em Angola). E a guerra prosseguiu, até porque existem razões mais enraizadas e que têm a ver com tribos que mantiveram ódios antigos a ferver com armas. Isto é verdade em toda a África, não só na de expressão portuguesa.

Os retornados foram ostracizados? Sim, foram. Muita coisa correu mal nos anos seguintes ao 25 de Abril. E de muitas formas. Mas a verdade é que, se não foram protegidos, a verdade é que não ficaram pior que a esmagadora maioria da população portuguesa da altura, especialmente a que vivia fora dos centros urbanos.

Pedro Sá, o facto de alguém ter dúvidas sobre o 25 de Abril não implica vontade em retornar ao fascismo. Há que compreender as coisas. A verdade é que o pós-25 de Abril foi mal conduzido. Prova disso é o mal-estar que provoca ainda hoje em certos sectores. A confusão daqueles tempos começa finalmente a ser conhecida hoje em dia, 32 anos depois. Isso torna o 25 de Abril menos luminoso enquanto acontecimento ou data. Por isso as reservas. O 25 de Abril é efectivamente o dia da Liberdade, porque foi em nome dela que se realizou a revolução que deitou abaixo a ditadura. Mas há que compreender que a história não é feita apenas de luz e o período de "fervor revolucionário" também causou muitas sombras.    

Posted by Blogger JSA

quinta-feira, 27 abril, 2006

1. Concordo plenamente quando se diz que a presença portuguesa em África não teve nada a ver com escravização.
A minha bisavó já nasceu em Angola, e deste ramo da família fui o último a lá nascer. Quando muito éramos nós que éramos considerados portugueses de segunda pelos que saíam daqui.
A minha mãe diz que sempre eram todos tratados por igual, independentemente da cor. Que nunca sentiu racismo. Isto, digo eu, sem prejuízo daquele paternalismo económico tipicamente português.

2. Confirmo. Antes da independência, Luanda e Maputo estavam muito à frente de Lisboa.

3. A Bicuda não disse essa do "não se sabem governar sozinhos", mas eu já ouvi isso de outras bocas.

4. A Guerra e tudo o que se passou....agradeçam ao Salazar e à Primeira República...ou esquecem-se porque é que fomos para a I Guerra ?

5. Poder comprar e ficar endividado é ser livre. Fazê-lo é opção de cada um. Estupidez ou não, é uma valoração que é discutível. Indiscutível é que é uma opção livre.

6. Como escrevi noutro lado, o problema não é haver discrepância de riquezas e problemas, que isso só pode ser problema para mentalidades soviéticas. O problema é haver más condições de vida, mas em qualquer caso o que interessa é garantir direitos e nada mais...sob pena de a nossa argumentação se tornar totalmente insustentável perante os argumentos da direita de que o actual sistema é iníquo e que o Estado apenas deve garantir isso aos mais pobres, excluindo a universalidade.

7. Lamento, mas já me fizeram depois do 25 de Abril.

8. Chame-se-lhe Império ou outra coisa qualquer.

9. A maioria dos retornados vota à direita porque sempre foram contra a Revolução e queriam presença portuguesa em África, ponto. E nunca perdoarão à esquerda a saída de África.

10. A Revolução não foi mal conduzida. Pode-se é concordar ou discordar de coisas. Eu sou o primeiro a achar que as nacionalizações foram um disparate. Já agora, para ser mais claro - o PS deveria envergonhar-se publicamente de se ter assumido alguma vez na vida como marxista, quando o marxismo é das coisas mais abjectas que o mundo já conheceu.

11. Exactamente, o banco cheio de ouro e o povo a passar fome. Gravíssimo é o que ouvi na campanha eleitoral de um provável ex-PIDE, ao dizer que antigamente se vivia melhor que agora, e que as histórias de "uma sardinha para três" são todas mentira.

Mas a questão não era o lucro dos ricos, que isso era secundário para Salazar. Já nas suas aulas de Economia Política em 1905 ou coisa parecida, o mesmo condena a vida nas cidades, as quais qualifica como antros de perdição. Não é por acaso que Freitas do Amaral qualifica (correctamente) Salazar como um saudosista do Ancien Régime, acima de tudo.

A questão económica não era a essencial. Salazar queria era um povo beato e obediente. Aliás, a própria educação estava organizada de modo a impedir a mobilidade social.

E, pior, como se vê pela sabotagem económica que foi o condicionamento industrial, não queria o desenvolvimento. O ideal de Salazar era o povo a viver nas aldeias, sem perder uma missa, o homem a trabalhar e a mulher em casa, etc.    

Posted by Blogger Pedro Sá

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