De socas nos pés

Dos Países Baixos para o mundo...

Contra a Monarquia. Sempre!

terça-feira, janeiro 31, 2006
Aos meus amigos, conhecidos e visitantes deste blogue que sejam monárquicos, dedico-vos o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos:

Artigo 1°
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.


Article 1
All human beings are born free and equal in dignity and rights. They are endowed with reason and conscience and should act towards one another in a spirit of brotherhood.


Logo no primeiro artigo, e apenas em poucas linhas, é deitada por terra as bases da monarquia.

Viva a República!

Casamento para TODOS! Já!!!!!!





Vai ser entregue, no dia 16 de Fevereiro, na Assembleia da República uma petição para tentar alterar o Código Civil português no que respeita ao direito ao casamento civil para casais de gays e lésbicas.

Quem está de acordo, não custa nada fazer um print do pdf, assinar e enviar para Portugal para a morada da ILGA – nem que seja com apenas 2 assinaturas, ou 1.

Para quem não tem a certeza, ou é mesmo contra a ideia, ao menos tenha a decência de ler o pdf do argumentário. Pode ser que se faça luz nessas cabecinhas…

Esta é uma luta que tem de ser ganha. Por todos, por Portugal. Gays, lésbicas e heterosexuais devem juntar-se nesta luta a favor dos direitos iguais para todos.

Petição para assinar e enviar:
http://ilga-portugal.oninet.pt/pdfs/peticao_casamento.pdf

Argumentário:
http://ilga-portugal.oninet.pt/pdfs/argumentario_casamento.pdf

Vasco Pulido Valente adere aos blogs

Mais uma boa notícia no mundo da blogues em Português:

Constança Cunha e Sá e Vasco Pulido Valente debitam controvérsias no O ESPECTRO


Aqui reproduzo um delicioso texto de VPV:
OUTRO DEPUTADO
A propósito, também estive no parlamento. Seis meses, com as férias de Natal pelo meio. Não fiz nada. O grande problema era arrumar o carro (não havia ainda uma garagem especial para os senhores deputados) e, a seguir, o almoço, sempre uma aventura naquela parte do mundo. De resto, corria tudo bem. Assinava o "livro", porque a Assembleia da República não confia nos representantes da nação e espera (compreensivelmente) que eles não ponham lá os pés. Só encontrei esta solicitude, aos treze anos, no Liceu Camões. Nessa altura, passava as tardes no cinema, angustiado pela "falta". Em S. Bento, não faltava ou, pelo menos, não faltava muito. Lia os jornais, os que tinha trazido e os do Pacheco Pereira. Nunca levei um livro por causa da televisão, que aparentemente embirra com deputados que lêem livros. Fora isso, conversava e passeava pelos corredores. Passos perdidos, de facto. De quando em quando recebia instruções para votar assim ou assado. Sem um comentário. A direcção da bancada é que sabe e manda. Às quatro e meia da tarde, no mictório nacional, imemorialmente entupido, a urina já chegava à porta (consta que neste capítulo as coisas melhoraram). Às cinco e meia, derreado, voltava para casa. Uma vez por semana, na minha comissão, a Defesa, ouvia um general indescrito repetir o comunicado da USIA sobre a Bósnia. Não se permitiam perguntas. No dia em que me demiti, um bando de jornalistas, de microfone espetado, exigiu explicações. VPV

A Periférica acabou!

E uma das melhores revistas culturais portuguesa acaba. A nossa "The New Yorker" desaparece. É o definhar do Portugal Cultural?!

Precisam-se mais projectos como este!!!



O ambiente quase impoluto em que agora é feita a revista cultural que surpreendeu por nascer no lugar mais recôndito do país e ser de distribuição nacional – “Em Vilarelho como em Nova Iorque” foi o slogan que viveu amarrado à publicação que curiosamente é apoiada por uma associação cultural local – parece dar razão aos comentários que por estes dias se ouvem junto de alguns apreciadores da publicação para explicar o fim do projecto: os responsáveis da Periférica “aburguesaram-se” e “acomodaram-se”.

O grupo de amigos que conduziu o projecto durante os seus quatro anos de existência refuta logo a acusação. “O fim da Periférica deve-se antes à nossa falta de disponibilidade pessoal”, explicam. “Fazer uma boa Periférica exige talento, tempo, dedicação, atenção, treino – uma redacção em forma e altamente disponível. De todos os requisitos apenas nos sobra o talento”, explicam no editorial do último número, com o humor que os caracteriza.

A revista feita em papel reciclado e com uma apresentação gráfica imaginativa, conhecida por ser contracorrente, mordaz, cheia de ironia, humor e provocação, despede-se. E “não adianta carpir, porque é decisão madura, colectiva, irreversível”, gracejam os seus editores.

Último número “não será revivalista” Com humor, um deles, Carlos Chaves, aparece na capa do
último número a “arrumar” a revista que sai da própria página. “E pronto”. Este número 14, que começará a chegar às livrarias habituais em todo o país durante esta semana, não será revivalista, nem especial. “É só o último número”. Mas, por ser o último, a revista que chegou
a ser comparada à revista The New Yorker, tem duas capas, sendo que a contracapa é uma brincadeira ainda no segredo dos deuses. E, por ser o último número, sublinham os editores, “permitimo-nos pôr de lado o jornalismo de entrevista e reportagem e deixar que a edição se espraiasse um pouco mais pelas imagens, pela pintura, pela fotografia, pela banda desenhada,
pelo design”. Nestas áreas, a revista despede-se com nomes como Connie Imbonden (fotógrafa inglesa que está representada nas colecções permanentes dos Museus de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) e San Francisco e noutros locais, Célia Doran (artista plástica portuguesa a residir em Londres) e Aneta Grzeszykowka e Jan Smaga (fotógrafos polacos), entre outros.

Naturalmente, a prosa literária não falta, com o habitual J. Rentes de Carvalho, escritor português radicado na Holanda, e Gonçalo M. Tavares, que em 2005 ganhou o Prémio José Saramago, com o livro Jerusalém. A literatura foi sempre um dos vectores mais importantes da revista. Os seus editores chegam, no entanto, ao último número com uma “mágoa”: “A de não termos encontrado a nova narrativa portuguesa”.Mas “não somos a salvação de Portugal. Hélas!”
in Público, 31-01-2006

FG no Guinness Book of Records



Cinco furos no mesmo pneu num curto espaço de um mês cheira a record para o Livro do Guinness. Não acham? Sabem como se contacta a instituição? Sempre é menos rídiculo do que o record dos Pais Natais na Baixa do Porto, ou da feijoada na Ponte Vasco da Gama…

Claro que também me cheira a que alguém me anda a f&^*r a cabeça e a furar-me o pneu propositadamente, mas isso já é outra história…

Something to think about...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

LISBON (Reuters) - Portugal's south risks turning into a desert as temperatures rise, its coasts will erode and droughts will become more frequent, the country's most complete report on the impact of global warming showed on Monday.

The report, which is the result of a research project that started in 1999, concludes that Portugal will be one of the hardest hit by global warming in Europe in coming decades.

"I think the biggest impact is the risk of desertification in the interior of the south," Filipe Duarte Santos, a physics professor who oversaw the project, told Reuters.

"...The indication is less rainfall, higher temperatures, more frequent extreme events, such as droughts which will become more frequent."

Freak weather has already hit west Europe's poorest country. Last year Portugal recorded its worst drought since 1931 while this weekend snow fell in Lisbon for the first time in decades.

Évora pintada de branco


Ontem, o Templo de Diana esteve coberto de neve.

Bloemendaal aan Zee

domingo, janeiro 29, 2006

Bloemendaal aan Zee, originally uploaded by F Gil.

Dia de muito sol e de um longo passeio pela praia. Enquanto isso, nevava em Lisboa...

Walking on the beach


Walking in the beach, originally uploaded by F Gil.

Kids in Bloemendaal aan Zee

In Bloemendaal aan Zee


On the beach, originally uploaded by F Gil.

Splashing


Splashing, originally uploaded by F Gil.

Mais Cidadania

sábado, janeiro 28, 2006
O blog "O Jumento" diz tudo:

Os portugueses têm liberdade de expressão mas pouco a usam, têm medo de não agradar ao patrão, de não serem promovidos na Administração Pública, ou, muito simplesmente, porque acham que pensar e dizer o que se pensa é coisa de eleitos.

O portugueses têm um regime político onde a comunicação social é livre para que seja pluralista, mas a maior parte dos jornais e televisões mandaram o pluralismo às urtigas, a opinião de muitos dos nossos articulistas é a "voz do dono", há jornalistas que nem o parecem ser. Basta olhar para a publicidade colocada nalguns jornais para sabermos que dali não virão crítica para quem lhes paga, o exemplo recente das ameaças do Grupo Espírito Santo são disso uma prova, com os milhões de euros que o grupo investiu na mudança de imagem até a Primavera veio mais cedo, o tempo do "furacão" passou e multiplicam-se os artigos simpáticos para a nova cor adoptada pela divina presença.

Os portugueses são maltratados pela PT mas continuam seus clientes em defesa de um nacionalismo idiota, são roubados pela Netcabo mas são incapazes de mudar de acesso à internet, são roubados mas encaram isso como um destino luso, antes ser roubado por um português do que ser bem tratado por um espanhol.

Os portugueses são capazes de fazer greves e mudar de governo porque tiveram um aumento de 1,5% em vez dos desejados 3%, mas ficam calados quando são roubados em muito do que compram e percentagens muito superiores.

É necessária mais cidadania, mas não uma cidadania paternalista, é necessário uma cidadania activa, que cada cidadão faça uso do seu poder, que use a voz ou o botão do comando da TV, que penalize os que lhe estão a destruir o futuro para proveito próprio. Não são necessários mais jornais ou televisões, basta que os que abusam seja penalizados e ameaçados de falência, se o Dr. Pinto Balsemão vir as contas no vermelho transforma-se imediatamente num cidadão exemplar e, se for necessário, até adere ao PCP. Não são necessários relatório da ANACOM sobre a qualidade dos fornecedores de acesso à web, isso nada vale contra os milhões gastos pela PT em publicidade, se denunciarem os abusos e mudarem de fornecedor.

É necessário que os portugueses tenham a coragem de se assumirem como cidadãos de pleno direito, pondo fim ao pântano de abusos e oportunismo em que este país se transformou.

Parabéns Mozart

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Comemora-se hoje os 250 anos do nascimento de Mozart. Um dos mais importantes e geniais compositores de todos os tempos. E, tanto tempo, continua actual. É obra!

Importante! Boa Sorte para elas

Boa Sorte para elas! Espero que comece aqui a revolução das cabeças e que o casamento entre pessoas do mesmo sexo seja possível em Portugal.
Que raios! Os gajos que fizeram o 25 de Abril e andaram gadelhudos a fumar charros nos asnos 70 são os políticos de agora, será que todos viraram conservadores???
Mudem já isso, tal como na Holanda, Bélgica, Canadá e a nossa vizinha Espanha!
Não adiem o país!!!!


Casal de lésbicas quer casar pela conservatória

Um casal português de lésbicas, a viverem juntas há quase três anos, acusam o Estado de as discriminar com base na sua orientação sexual, nomeadamente, no que diz respeito ao seu reconhecimento como casal e aos seus direitos enquanto tal. Perante esta realidade, que pretende ultrapassar, vão tentar obrigar o Estado a casá-las.

Na notícia surge na edição desta sexta-feira do jornal Público, que refere que as duas mulheres vão dirigir-se, na próxima quarta-feira, à conservatória, na companhia do advogado Luís Rodrigues, para registar a sua união.

No entanto, prevendo desde já a recusa do conservador em celebrar o acto, Luís Rodrigues, que com a sua participação, por mero «gozo profissional», pretende provar a inconstitucionalidade do Código Civil, promete entregar logo em seguida as alegações de recurso com fundamento de inconstitucionalidade, que, refere em declarações ao Público, «até já estão prontas».

A partir daí, o caso será levado, assegura, até ao Tribunal Constitucional e, se necessário for, até ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, sendo que o principal objectivo é «agitar as águas políticas» e, resume o advogado, «quem sabe se estas duas mulheres não abrem caminho para outras pessoas darem a cara?». in Diário Digital

Arte Contemporânea

Se estivesse em Lisboa, acho que iria fazer este curso:


*quadro de José Pedro Croft

Mini-Curso Arte Contemporânea
Sabias que o Simon Starling ganhou o Turner Prize deste ano? Que o Tiravanija andou a dar bifanas no Museu do Chiado? Que o Miguel Palma tentou vender as suas obras com anúncios no jornal? Para dar uma olhadela ao que se passa hoje no mundo da Arte, a Companhia do Eu, juntamente com a crítica de arte Filipa Ramos, organizou um mini-curso de Arte Contemporânea. Serão apresentados vídeos, obras sonoras e outros trabalhos, para nos darem uma ideia daquilo que de mais interessante se anda a fazer por cá e lá fora. A ideia é mais despoletar conversas do que propriamente aulas, por isso não há muitas vagas disponíveis. As inscrições podem ser feitas através do site ou mandando um e-mail para aqui. Para curiosos atentos com vontade de saber mais. Vale a pena ir. in LE COOL MAGAZINE (www.lecool.com)

ONDE
Rua Latino Coelho, 6 - 4º Esq (Picoas)
213147225 913337614

QUANDO
5 sessões: 31 Jan, 7,14,21 e 23 Fev das 18:30 às 20h

QUANTO
70 euros (60 p/estudantes)

Esclarecimento

quinta-feira, janeiro 26, 2006


É minha intenção voltar ao assunto principal deste blogue, que tem vindo a ser esquecido nas últimas semanas: A minha vida na Holanda!. A experiência em si é tão vasta e marcante que vale a pena ter um blogque só para isso. E, ultimamente, tenho-me perdido com os assuntos sobre o estado das coisas em Portugal, as politiquices ou afins..

Por isso, a partir de agora irão encontrar aqui muitas coisas sobre a minha vida em Amesterdão. De arte, música e escrita aos sentimentos, das paixões clubísticas aos ódios naturais, de coisas feias e coisas bonitas, de boas a más experiências. (Mas não se assustem isto não se irá tornar num Big Brother). Mas será algo mais pessoal e menos interventivo politicamente

Quanto ao resto. A política, os manifestos, a intervenção, as desilusões serão transferidas para outro blogue que criarei (o link já está ali ao lado na secção o meu lado canhoto www.estadochegamos.blogspot.com). Nesse tentarei dar seguimento ao que foi feito no blog Cavaco Fora de Belém. Um blogue interventivo e atento à situação que se vive em Portugal. Espero arranjar mais participantes com o mesmo espírito para falar muito no Estado a que Chegámos (em Portugal)!

Abraços, ou como eles dizem aqui Groetjes!

A Polémica:

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Sou da opinião que pensamentos destes até podem ocorrer, mas por outro lado quem seria o gajo pouco inteligente a colocar isto em papel. Isto, a ser combinado seria, penso eu, oralmente, sem vestígios. (Por outro lado faz-me lembrar que Cavaco não brinca, e, para Cavaco, uma mentira dita muitas vezes, torna-se verdade).


"O destinatário é Fausto Correia. No remetente surge o logótipo da Presidência do Conselho de Ministros. O documento é sigiloso. O conteúdo, porém, tornou-se público. O PortugalDiário teve acesso a este fax que pede ao mandatário distrital de Coimbra da campanha de Mário Soares que convença um núcleo restrito a votarem Cavaco Silva ou em branco". in Portugal Diário 25-01-2006

O fax da polémica:
Transcrição do fax enviado com selo da Presidência do Conselho de Ministros e destinatário Fausto Correia

«Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, o Engº José Sócrates pediu-me para o contactar com urgência, para este fax privado na certeza de que o meu amigo compreenderá a necessidade de que esta mensagem não seja amplamente divulgada, pois destina-se apenas ao núcleo de pessoas do partido envolvidas na campanha do Soares. O que se passa é bastante grave e exige da nossa estrutura uma intervenção rápida e sigilosa.

A sondagem porque aguardávamos foi-nos entregue hoje de manhã e indica claramente uma derrota de Soares em relação ao Alegre, numa diferençaque ultrapassa os 5%, sendo que a margem de erro desta sondagem é de apenas 3%. Também nas últimas sondagens a publicar esta noite e amanhã pela comunicação social esta derrota é evidenciada. Por outro lado, a hipótese do Cavaco não ganhar logo à primeira volta existe e não está completamente afastada. Na sondagem do PS indica 51%, mas como a margem de erro é de 3%, e com a tendência de descida que se verificou, é muito provável que o Cavaco fique abaixo dos 50% obrigando a uma segunda volta, por uma muito pequena diferença de votos.

Neste caso, teríamos um cenário desastroso para o governo, para o PS e deixaria o Engº Sócrates numa posição fragilizada, ao ter avançado com a candidatura de Soares e ver-se depois obrigado a apoiar o Alegre para a segunda volta, sendo certo que este poderá recusar publicamente este apoio.

Assim, o pedido que tem sido dirigido apenas ao núcleo de apoiantes da candidatura do Soares é de que tentem influenciar as pessoas que estão mais próximas de vós, sempre pessoalmente, para que votem em branco, ou mesmo que votem no Cavaco, para assegurar que não haja segunda volta, e o governo não saia fragilizado desta eleição. O melhor argumento a apresentar é de que uma segunda volta, a existir, será um desperdício de verbas do orçamento, uma vez que as sondagens indicam que se não passar na primeira volta o Cavaco ganhará folgadamente contra o Alegre na segunda volta. Escusado será insistir na confidencialidade deste assunto».

A Bandeira Portuguesa


Mudar a Bandeira, sim ou não?

Vi num blog de esquerda algo sobre o assunto de mudar a bandeira. O que pensam? Devia a bandeira portuguesa mudar? As cores, o estilo? Deveria ficar tudo na mesma? Sentem a bandeira? Diz-vos algo? Sim ou não?

Western Spaghetti?

Ou Chuck "Berlusconi" Norris, Ranger de Itália?

O Parlamento italiano aprovou hoje uma polémica lei que legitima o livre uso de armas de fogo em legítima defesa, em casa e nos locais de trabalho, enquanto anula o princípio de que a resposta deve ser proporcional.

O texto foi aprovado em voto secreto por 224 votos a favor e 175 contra. Todos os partidos da oposição votaram contra.

Nos termos da lei, apresentada pela Liga do Norte (direita), qualquer pessoa que se encontra na sua casa ou no seu local de trabalho e se sinta ameaçada ou agredida, ou ache os seus bens atacados ou ameaçados, pode reagir utilizando armas detidas legalmente, até mesmo matar. A sua reacção será sempre considerada como proporcionada e impedirá que seja condenado.
in Diário Digital (25-01-2006)

PS a dividir por 2

Concordo com este texto que hoje (25 de Janeiro) é publicado no Diário de Notícias:


O velho PS, o novo PS

Quando, no domingo passado, à hora do jantar, José Sócrates esmagou o discurso de Manuel Alegre - e as televisões esqueceram momentaneamente o critério editorial e jornalístico que deve presidir ao seu trabalho e disseram "amém" ao poder - eu percebi, enfim, o que tinha sucedido ao Partido Socialista. E foi simples o PS, tal e qual o conhecemos, aquele em que a maioria dos portugueses várias vezes tem votado, acabou.

O PS na versão "albergue espanhol" - onde convivem a esquerda mais festiva e o centro incapaz de renunciar às origens e assumir a clivagem -, onde é possível divergir, discutir e recriar, não existe mais. A geração pragmática tomou conta do "aparelho" - e daqui para a frente, quem quiser criar "tendências" ou ousar levantar a voz tem de criar "movimentos de cidadania" ou ir pregar para outra freguesia. Manuel Alegre abriu o precedente de que José Sócrates precisava para, na boa escola de Cavaco (nem por acaso...), explicar ao Partido quais são as novas regras do jogo: quem não está connosco, está contra nós. Matando dois coelhos de uma só cajadada, o líder socialista reformou compulsivamente o soarismo e demonstrou que só ele consegue, nos tempos que correm, vencer a direita. A estratégia terá sido perfeita. Tem apenas uma contra-indicação muitos dos eleitores que nos últimos anos "deram" o seu voto aos socialistas, porque ainda se sentem de esquerda, mesmo quando discordam do Partido, não se identificam com este PS tecnocrata e pouco dado à pluralidade.

Esses eleitores podem agora sentir- -se excluídos. O PS já não é mais o partido de porta aberta. E não há alternativa que sustente estes eventuais sem-abrigo da política - cada vez somos mais, na verdade... No imediato, a lógica de Sócrates sai vencedora. A prazo, a criatura indefinida que cresce e se desenvolve nas margens do Partido pode asfixiar o criador. Até porque, lembrou Soares, "só é derrotado quem desiste de lutar". Essa outra maneira de encarar a política, e a vida - sem desistir, mesmo correndo o risco de perder -, não é ainda muito popular em Portugal. Mas o tempo encarregar-se-á de demonstrar que é mais acertada e profícua do que a ideia feita segundo a qual quem perde fica irremediavelmente... perdido. Pode não ficar. Pode mesmo ficar na antecâmara da vitória seguinte

Novos Equipamentos para a World Cup

terça-feira, janeiro 24, 2006

Embora não oficial, esta informação já circula pela net. Supostamente serão estes os equipamentos das selecções equipadas pela Nike.

Portugal equipa todo de encarnado-sangue sendo o verde utilizado para os rebordos. Terá uma cruz de Cristo nas costas onde assentará o número do jogador. O equipamento alternativo será todo em preto.

Também na foto os equipamentos do México, Estados Unidos, (Portugal), Brasil e Holanda.

O que acham?

As frases do dia

segunda-feira, janeiro 23, 2006
“O Benfica é efectivamente
maior do que o Sporting. (...)
Os sportinguistas não devem
negar as evidências.”

FILIPE SOARES FRANCO
CORREIO DA MANHÃ, 22-01-06


“Neste ‘futebolzinho das
barracas’, Luís Filipe Vieira
e José Veiga são agora os
rostos do sistema.”
RUI SANTOS
CORREIO DA MANHÃ, 22-01-06

Rescaldo Presidencial #2

Os Vencidos:

- Partido Socialista. Metade ganhou com a escolha de apoiar Manuel Alegre, a outra metade perdeu, ao apoiar Mário Soares. Será que esta divisão irá ter frutos num futuro próximo. Diria mesmo que, não fosse o PS Governo, e o partido iria dividir-se em dois. Resta saber como é que há pessoas que militam no maior partido da Esquerda portuguesa e que votou em Aníbal C. Silva


- A Esquerda.
Apesar da enorme votação que Alegre teve (resta saber se foi apenas conseguido com votos da Esquerda). Os votos de Jerónimo e de Louça mostram que nem os Comunistas são todos velhos e provenientes do Alentejo, como também mostra que Louça está para ficar e deve preparar-se para, daqui a uns anos, fazer parte de um Governo. Mas mostra sobretudo que a Esquerda não é maioritária em Portugal, como se costuma dizer. Para além de dividida, a Esquerda não se mobiliza tanto como a Direita. Uma clara derrota para todas as pessoas que se dizem de Esquerda em Portugal.


- José Sócrates.
No final ficou a ideia que Sócrates nunca acreditou vencer estas eleições. Tinha essa ideia caso António Guterres tivesse avançado, como tal não sucedeu atirou a toalha ao chão e começou a pensar na convivência com o Presidente Cavaco. Foi derrotado pela ala esquerda do seu Partido. E, caso Alegre tivesse passado à segunda volta, seria interessante ver o comportamento de Sócrates. Terá perdido o PS? Foi muito feio ter visto Sócrates a falar por cima de Manuel Alegre. Onde está o espírito Democrático? Tem agora todo o tempo do mundo para mostrar que é um bom primeiro-ministro, caso contrário será apenas o homem que substitui Santana Lopes na cadeira do Poder.

- A Classe Média Portuguesa.
Só daqui a uns anos a classe média portuguesa entenderá que Cavaco Silva nunca foi, ou será, uma pessoa proveniente da classe média e com preocupações com esta camada social. Quase 2 milhões de pobres em Portugal poderão crescer se as políticas economicistas de Cavaco influenciarem Sócrates. A classe média portuguesa deve ser a única em toda a Europa dos 25 que se estratifica em vários sub-sectores, havendo diferenças abissais entre a classe média alta e a classe média baixa.

Rescaldo Presidencial #1

Os Vencedores:

A Direita Portuguesa. Em Portugal a qualquer político à direita basta esperar sossegado e aparecer de vez em quando para vencer eleições. Não vale a pena ter ideias, ou ideiais, nem vale a pena ter mérito, porque isso, e se exceptuarmos duas ou três figuras de sublinhada competência (como Teresa Patrício Gouveia ou Leonor Beleza) raramente a direita nacional merece mérito. Foi assim com Durão, que dizia que iria ser Primeiro-Ministro e que só não sabia quando (e foi), e com Cavaco, que bastou estar calado (mesmo durante a campanha eleitoral) durante uma década para ser eleito. Portanto, se és político de direita, chega-te à frente, não faças nada, junta família, sê contra o aborto e aparece na Caras e, com sorte, um dia serás Presidente ou Primeiro-Ministro.

Cavaco Silva. Detesto a sua figura. Mas foi bem aconselhado e conseguiu vencer sem exprimir uma ideia que fosse. Veremos como será no papel de Presidente. Só é triste ver que a República irá comemorar os seus 100 anos de existência em Portugal, com Cavaco como Presidente…o tal que tanto lhe faz viver em República ou em Monarquia…

Os cavaquistas. A alegria dos Cavaquistas deve estar no auge, têm, novamente, o país nas suas mãos. Com um Primeiro-Ministro que não lhes faz confusão, e um Presidente que irá realizar todos os seus desejos. Eles, os cavaquistas, podem rir à vontade.

Manuel Alegre. Que enorme bofetada deu em José Sócrates. Com uma campanha nem sempre muito ética (demasiado poética ou agarrada a valores estranhos, como as romarias aos cemitérios de mortos célebres). Alegre e os seus apoiantes fizeram um esforço enorme, e num curto espaço de tempo, quase que conseguiram passar à 2ª volta. Acredito que, se o tivesse conseguido, seria o próximo Presidente de Portugal. Veremos o que irá fazer com estes votos que conquistou quase sozinho e sem máquina partidária. Quer se goste ou odeie, confirma-se que Alegre é um político diferente.

Mário Soares. Qualquer que fosse a votação, Soares será sempre um vencedor. Quem aos 81 anos deixa o conforto do lar para fazer milhares de quilómetros por esse Portugal adentro, mostra um sentido republicano sem precedentes. Precisava Soares de se ter candidatado? Não? Precisava o país de Soares? Sem dúvida, que sim! Ficará para a história com a mais importante figura do Portugal político do século passado.

Lamp & Wallpaper

domingo, janeiro 22, 2006

At Café Latei in Amsterdam

Para reflectir

Hoje no El País, vale a pena ler até ao fim....


Desaliento general
Los analistas buscan las primeras razones de esta amplia onda Cavaco en el desaliento general, que ha provocado una profunda crisis que en sólo cuatro años ha doblado las cifras de paro y ha multiplicado las desigualdades. Sólo hay que pasear un rato por Lisboa u Oporto para ver el reflejo de esos números. Lisboa ofrece un explícito espectáculo de contrastes. Miles de coches de lujo, los centros comerciales con calles y avenidas llenos de artículos a precios dignos de Nueva York y las colas para adquirir la TV por cable (que es más cara que en España) conviven con los mendigos que pueblan la avenida de la Libertad y la plaza de la Alegría, los yonquis (Portugal encabeza el consumo de heroína de la UE) que guindan los móviles a los turistas en la Baixa al atardecer y los inmigrantes africanos que pasean por la plaza del Rossío en actitud de paro irremediable (la tasa de desempleo, que en 2001 era del 4,1%, es ahora del 7,5%).

El diario Público informaba hace unos días que, mientras las ventas de coches sólo crecieron un 3% en 2005, los aumentos en el segmento de la gama alta no bajan desde el año 2000 de las cifras de dos dígitos, y en algunos casos llegan al 50%. "Un comportamiento excepcional", según la asociación de empresas del ramo.

Pero hay más; según el último Eurostat, Portugal es el país más desigual de la UE. En 2003, la comparación entre la renta acumulada por el 20% más rico y el 20% más pobre daba una ratio de 7,4, es decir: los más pudientes ingresaron 7,4 veces más que los más necesitados. La cifra es idéntica a la de 1995, cuando acabó la década del Gobierno Cavaco. Hoy, en las cien mayores fortunas de Portugal se mezclan las históricas familias lisboetas, asociadas a la época salazarista (Champalimaud, Espírito Santo, Mello, Monteiro de Barros o Queiroz Pereira), con las nuevas fortunas surgidas tras la Revolución de Abril, entre las que destacan los empresarios norteños Belmiro de Acevedo y Américo Amorim. Entre unos y otros tienen 22.500 millones de euros, es decir, el 17,6% de la riqueza nacional.

Pero si el viajero sale de los centros urbanos, deja atrás los campos de golf y recorre las periferias o el interior rural del país, la cosa cambia.

Ahí el dinero es como si no existiera. La barriada gitana de São João de Deus en Oporto recuerda más a la favela de Río que a las afueras de cualquier ciudad europea. Y en el deprimido y bellísimo campo, al que, eso sí, se llega por espléndidas autopistas de peaje (de la era de Cavaco en el Gobierno), miles de hombres se siguen viendo obligados a emigrar a los núcleos urbanos o a la vecina España.

La economista Teodora Cardoso no cree que fueran un error aquellas inversiones en infraestructuras, pero sí que lo que caracterizó al Gobierno de Cavaco fue "la miopía y la falta absoluta de una visión estratégica" para el futuro. "No reformó la Administración pública; subordinó sus decisiones económicas a los ciclos electorales e hizo políticas profundamente conservadoras en empleo; burocráticas en materia de constitución y disolución de empresas, confusas en materia de ambiente y ordenamiento del territorio, ineficaces en la formación profesional y la regulación de la actividad económica, y prácticamente inexistentes en materia de competencia".

El escritor y novelista Pedro Rosa Mendes cree que "Portugal está pagando todavía el precio; aquella generación, que vivió un enorme desarrollo económico, no supo acompañarlo del desarrollo cultural y educativo. Y así estamos: ahora mucha gente tiene más en los bolsillos que en la cabeza, y somos dos países en uno".

Por un lado, dice, está el olvidado interior del Alentejo o Beira; por otro, el país más rico pero artificial del litoral: Lisboa, Oporto, Leiría, Setúbal, Coimbra... "La agricultura y la pesca no existen casi, la industria es cada vez más flaca y el país vive de una riqueza no producida. No hay que dejarse engañar por el dinero de Lisboa, los coches, la ropa, los condominios de lujo, los viajes... ¡Todo eso es a crédito! Somos un país que debe, luego existe. Que gasta y sueña a crédito. Es absurdo y algún día estallará. ¡Cada día nos parecemos más a Argentina!".

Rui Cardoso, uno de los autores del programa satírico de televisión Contrainformaçao, piensa que el único camino que queda es ponerse a trabajar: "Ya sé que es un discurso un poco salazarista, pero es que trabajamos poco. Preferimos hacer agujeros en el calendario para ver cuándo nos vamos de vacaciones a Brasil y así volver bronceados para parecernos a los otros; o si no, comprarnos un coche para parecer ricos. Y si tenemos que endeudarnos, nos endeudamos; o, mejor aún, damos cheques sin fondos".

Delirios de grandeza
Así y todo, en 2004, 925.000 portugueses mayores de 15 años se fueron en avión de vacaciones; mientras, dos millones de personas subsisten con menos de 350 euros al mes.

"Los portugueses tenemos a veces delirios de grandeza y damos pasos más grandes que las piernas", dice Arminda Ferreira de Sousa Silva, empleada doméstica en Lisboa. "Mi vecina, por ejemplo, pidió un crédito al banco para irse a Brasil porque otra vecina se había ido antes a Punta Cana".

Ferreira, de 58 años, no se queja de su suerte aunque hace 20 puso en casa un negocio de estética que tuvo que cerrar porque necesitaba máquinas y no pudo reunir el dinero suficiente. "Me hice canguro de niños y después empleada de hogar. No estoy mal. No quiero lujos, no voy a la peluquería, pero me gusta ir limpinha [aseada] y me defiendo, pago los gastos y el alquiler, que nos cuesta 100 euros, y si hay que comer judías, judías, y si pasta, pasta".

Arminda Ferreira piensa votar a Cavaco, "esperando que no sea para mal" y confiando en que ayude a superar el parón que sufre la economía desde 2002. Las últimas previsiones apuntan a un crecimiento del PIB del 0,3% en 2005 y de menos del 1% en 2006. Pero hay otras señales de crisis (y no sólo económica): el descenso del puesto 26º al 27º en la lista de desarrollo humano de la ONU, la peor tasa de abandono escolar de la UE, el mayor índice europeo de pobreza persistente y uno de los mayores porcentajes europeos de niños pobres, sólo por detrás de Irlanda e Italia.

A eso hay que añadir factores menos tangibles que colaboran a la decepción colectiva; lo que Pedro Rosa Mendes llama la "pérdida de soberanía y dignidad", o "el fracaso del proyecto nacional en asuntos tan graves como la Defensa, vergonzantemente subordinada a Estados Unidos, o la economía, que mira cómo España acentúa nuestra condición dependiente y periférica al ponerse a la altura del G-8".

Visto el panorama, parece sensato pensar que un hombre solo no puede hacer gran cosa. ¿Cómo se explica, pues, que el país parezca ansioso por llevar un economista a Belém para cinco años, "o probablemente diez", como sugiere la comentarista Teresa de Sousa?

Según Rui Cardoso, "el discurso simple de Cavaco, que parece hecho para empleados de banca, ese portugués vago como de programa informático, esa jerga Excel de empresario, cala en el país porque el país necesita cíclicamente oír cosas así".

Ahí está Cavaco, llegando a Figueira da Foz. Levanta los pulgares y hace el signo de la victoria. Una y otra vez. Sonríe sin parar y habla poco, entrega una octavilla de cartón con su mensaje de esperanza y unidad. Hace el signo de la victoria. Arturo Mendes, de 72 años, oficial retirado del Ejército que pasó seis años en Angola y cuatro en la India y que cobra una pensión de 2.000 euros, ha ido a verle. Y dice que va a votarle porque es "el más inteligente, el que más pruebas ha dado de capacidad; estamos a la deriva y es la persona indicada. Dinamizará el país y creará consensos entre oposición y Gobierno".

La misma pasión exhiben Elisabete Oliveira, de 22 años, estudiante de último curso de psicología, y Diana Duarte, que a la misma edad ha terminado periodismo. Oliveira milita en el PSD y cree que Cavaco dará "confianza, seguridad y credibilidad".

Hay gente que nunca ha votado al PSD que piensa votar a Cavaco. Por ejemplo, Eurico Silva, un ex profesor de 64 años que lleva siete jubilado y también cobra 2.000 euros. "Tiene una noción del Estado muy fuerte, pero no es un liberal ni un neoliberal; tiene el perfil que necesitamos en este momento".

Un halo de confianza
Acompañado por su hija Patricia y por su mandataria de juventud, la fadista Katya Guerrero ("el profesor es la referencia de esfuerzo y liderazgo, seriedad y espíritu emprendedor", dice), Cavaco Silva desprende un halo de confianza que parece contagiarse o suscitar sospechas: es un político, o un antipolítico, de filias y fobias. Según el editor Carlos da Veiga Ferreira, que apoya en público a Soares, lo que ha hecho durante la campaña "es cantar la canción del bandido, eso que se les canta a las chicas cuando uno quiere ligar". Es decir: "Ahora puede parecer otra cosa, pero lo que nadie recuerda es que él y otros economistas se opusieron a la plena integración en Europa; y que en todo lo que no fue cemento y carreteras su gestión fue horrible, arrogante y distante del pueblo y la opinión pública".

"Cavaco ganará como consecuencia lógica de que la izquierda ha hecho todo lo posible para que lo haga", dice Rui Cardoso. "Va a ganar", coincide Pedro Rosa Mendes, nacido en 1968. "Pero me temo que será víctima de su propio sebastianismo. Los milagros sólo suceden si hay ganas y coraje, y nosotros no tenemos coraje".

La historia del rey luso Sebastián narra cómo su pueblo esperó inútilmente el regreso del gallardo soldado que, desaparecido en combate en Alcazarquivir (Marruecos) en 1578, debía salvar a la patria. Es la metáfora más querida por los portugueses, afirma Rosa Mendes. "La grandeza de la victoria de Cavaco", añade, "sólo dará la medida de la amargura nacional. Siempre creemos colectivamente en lo que colectivamente sabemos que no debemos creer. Pero nuestra crisis es tan profunda que no hay Sebastián que nos salve".

Por eso, según Rui Cardoso, la imagen que define mejor Portugal es la de aquel turista que salió indignado en televisión protestando porque nadie le había advertido de que habría un huracán en México. "¡Decía que había invertido todo su dinero en ese viaje, pero el tío ni siquiera miró qué tiempo iba a hacer!".

Haarlemdijk straat in Amsterdam


Haarlemdijk straat in Amsterdam, originally uploaded by F Gil.

Uma das minhas ruas preferidas de Amsterdam. Num Domingo à tarde com algum frio

Viva a República!!!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Como já perceberam sou uma pessoa muito politizada. De esquerda e socialista (não confundir com o Partido Socialista – ao qual pertenci durante vários anos e do qual não me envergonho, quer dizer….não, não me envergonho). E não fazem a mínima ideia da confusão que me está a fazer não ir votar no Domingo.

Serão as primeiras presidenciais que não voto, o que me faz uma grande confusão, ainda por cima sendo um acérrimo defensor da República (Sim daqueles que vai ver as comemorações em frente da Câmara Municipal no 5 de Outubro e que depois vai chamar nomes feios aos monárquicos).

Se calhar estou a exagerar, mas apesar de estar cá (na Holanda) tenho preocupações com o futuro de lá.Só espero que o povo seja mais esperto e astuto do que aquilo que os jornais dizem.

Votem bem, e em consciência.Bom fim-de-semana e Viva a República.

Um azar dos pneus!!!!


Primeiro foi o da frente e, no mesmo dia o de trás. Coloquei a arranjar. Passado uma semana o de trás, que tinha sido remendado, volta a furar. Mais uma visita à loja e, claro, mais uns cobres gastos…anteontem a caminho de um compromisso, fico com a corrente fora do local. Ao fim de umas tentativas, lá consegui recolocar a coisa no sítio dela. Fiquei com as mãos tão sujas que ainda hoje, dois dias depois, ainda tenho pedaços de óleo nos dedos.

E, finalmente, ontem, a caminho de outro compromisso, e portanto, a não puder chegar atrasado, Pimba! Mais um furo no mesmo pneu. Os gajos da loja já se riem e dizem que é normal, aconselhando mesmo a escolher outra rota no meu caminho de casa para o trabalho, e vice-versa. Simpáticos estes holandeses, não haja dúvida....(filhos da....)

Quatro furos em 2 semanas (1 na roda da frente, e três na roda de trás). Vocês acreditam nisto?????

Eleições por outro prisma

Chamo a atenção para este texto, que acho muito interessante:

REDACÇÃO QUANDO EU FOR GRANDE

Quando eu for grande quero ser Presidente da República. A minha Mãe diz que não pode ser, porque eu sou negra. Descobri na escola, no outro dia, porque um miúdo me chamou “preta estúpida” e eu perguntei a minha Mãe. Ela diz que as pessoas de cá nos chamam pretas porque pensam que são brancas, mas a mim parecem-me mais cor de rosa, não sei. Mas também não sei porque é que as pessoas da minha cor não podem ser Presidentes. As pessoas que aparecem na televisão algumas parecem-me assim escurinhas como eu. E se aparecem na televisão é porque são importantes. Será que nem todas as cores se vêem da mesma maneira? Além disso, eu perguntei a minha Avó e ela disse-me que na nossa terra havia uma Rainha muito poderosa chamada Ginga, que era da minha cor. E que na Bíblia há uma rainha que diz “Sou negra e sou rainha”.

Então por que não hei-de eu poder ser Presidente, que é uma coisa parecida? Eu acho que deve ser, porque a minha Mãe diz que as mulheres dos Presidentes são como as mulheres dos reis, mas eu também não percebo muito bem porque é que é assim. A minha Mãe diz também que eu não posso ser Presidente porque sou mulher, mas eu pensava que era menina. Não sei bem se é a mesma coisa, porque às vezes uns homens na rua chamam-me coisas esquisitas e eu não percebo bem, mas a minha Avó disse-me que era por eu ser rapariga, o que eu acho que é a mesma coisa que menina. A minha Mãe diz que os Presidentes têm de ser homens, mas eu também não percebo. Então no outro dia no jornal não vinha uma senhora muito bonita a dizer que era Presidente de uma coisa importante das crianças?

Será que as mulheres só podem ser coisas importantes das crianças? Mas então e as mulheres negras, como dizem que eu sou? Será que só podem ser coisas importantes das crianças negras? A minha Avó diz que o problema são os velhos como ela. Mas eu pensei que ela era uma velha e não um velho, já não percebo nada. A professora está sempre a ralhar quando nos enganamos nas palavras e afinal as pessoas grandes também se enganam. Eu acho que agora os velhos e as velhas já devem estar melhor, porque um senhor que é Presidente lhes foi levar acho que chá e bolos a umas casas onde eles pareciam tristes mas acho que ficaram contentes de o ver, deve ter sido por causa do chá e dos bolos. A minha Avó diz que não consegue atravessar a Avenida da República porque os sinais estão feitos para as pessoas mais novas. Haverá sinais especiais para as pessoas mais velhas? E diz que no Centro de Saúde uma pessoa lhe chamou “velha preta” e que gritou com ela porque ela não percebia como se tirava uma ficha de uma máquina. Ela chegou a casa a chorar, mas depois disse que a pessoa que lhe chamou assim estava muita cansada e triste porque quem mandava nela também a tratava mal. Mas que era branca e não era velha.

Será que há pessoas mais brancas que as outras? E velhos mais velhos que outros? E será
que os que são novos e brancos às vezes também estão tristes? A minha Avó diz que sim, porque a nossa vizinha é nova e acho que é branca mas toda a gente diz que não faz nada porque recebe qualquer coisa garantida que eu não sei bem o que é. Mas ela trabalha todo o dia, que eu bem a vejo a correr atrás daqueles filhos todos. Até ouvi dizer no outro dia um senhor muito bem vestido que aqui no bairro as mulheres parecem coelhos, não sei se eram as brancas ou as pretas. Mas eu parece-me que era por causa dos filhos, a minha Avó explicou-me. Mas eu também não percebo, porque no outro dia estava uma senhora na televisão a dizer que as mulheres agora têm poucos filhos e que qualquer dia o país acaba-se. Esta coisa de um país se acabar parece-me muito esquisito, mas então porque não aproveitam estes filhos? Será que há uns filhos que são mais filhos do que outros? Será que estes não se podem aproveitar? Quando eu for grande quero ser Presidente da República. E também quero ter muitos filhos. Quero que sejam de muitas cores. Assim talvez consiga explicar aos miúdos da minha escola que sou Portuguesa (pois se eu nasci cá, o que é que eu havia de ser?) e que África não é um país, como eles pensam, mas muitos países. Com pessoas de muitas cores. Tal como Portugal. E os meus filhos hão-de ajudar a que o nosso país não se acabe. Eu não quero que Portugal se acabe. Um país acabado deve ser uma coisa muito triste.

TERESA PIZARRO BELEZA
Professora da Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa

In Público 20-01-2006

"A" sondagem


Sondagem “De Socas Nos Pés” (mais fiel que a Marktest!).

Vamo-nos deixar de coisas! É o futuro recente do nosso país que está em causa. Deixem de ser amorfos. Digam, aqui, se quiserem, claro, e sem rodeios, em quem vão votar, ou iriam votar caso estivessem em Portugal.

Vá, botai o vosso voto!

Diário de Campanha #3

quinta-feira, janeiro 19, 2006
A frase do dia:

Cavaco Silva tem tanta profundidade a cantar a “Grândola, vila
morena” como tem a cantar o “Apita o comboio”,
por JERÓNIMO DE SOUSA

Diário de Campanha #2

Os Cavaquinhos:

A “juventude” – é assim que eles se identificam – que apoia Cavaco passou o dia (terça-feira) a beber cerveja e entoar cânticos hooliganescos. Não espanta, por isso, a forma como reagiram à provocação em Coimbra in Público, 19-01-2006

Diário de Campanha #1

"Todos os porcos capitalistas votam Cavaco porque são fascistas"*

*não fui eu que o disse, mas sim uns jovens que ontem em Coimbra viram passar a comitiva de Cavaco. É bom saber que ainda há gente viva e com coragem no adormecido Portugal.

Pintura portuguesa do século passado.

quarta-feira, janeiro 18, 2006
Some portuguese painters from the last century:

Vieira da Silva (1908-1992)
"As Bandeiras Vermelhas"



Vieira da Silva (1908-1992)
"Landgrave"



Sarah Afonso (1899-1993)
"As Meninas"



Almada Negreiros (1893-1970)
"Retrato do poeta Fernando Pessoa"


Abel Manta (1888-1992)
"Largo de Camões"


Mário Eloy Pereira (1900-1951)
"Auto-Retrato"


Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918)
"Entrada"

Manuel Alegre

terça-feira, janeiro 17, 2006


Sempre fui um admirador de Manuel Alegre. As minhas prateleiras da casa de Lisboa estão cheias de livros da sua poesia, e, até mesmo, dos seus discursos políticos. Quem leu “Cão como nós” ou outros livros ficou tocado tanto pela prosa como pela poesia escritas por Manuel Alegre.

Para mim Alegre é o homem perfeito de Abril: Culto, da esquerda livre, inteligente, sem tabus, amante da pátria e dos valores nacionais, sedutor, entre outras coisas. Personifica aquilo que muitos deveriam ter seguido depois do 25 do A. Um caminho difícil, mas atento e, ao mesmo tempo dissonante, mas confortante.

Uma vez - recordo-me de cada segundo -, falei com Alegre ao telefone. Um amigo jornalista, que cobria a campanha para umas eleições, ligou-me para o telemóvel e disse-me:”Tens aqui alguém para falar contigo” – Qual o meu espanto quando do outro lado uma voz grave e radiofónica me diz: - “Daqui fala Manuel Alegre, com quem estou a falar?”.

Apenas minutos depois desci novamente à Terra. Nos poucos segundos de conversa, falámos do Benfica e da esperança diária de um mundo melhor que os homens de esquerda têm. E murmurei qualquer coisa como “nunca desista”.

Das vezes que pertenci ao PS (quando não era jornalista, obviamente) estive tentado a sair. A ir para o Bloco, ou mesmo a ficar independente, sossegado, sem me chatear. Mas era a figura de Alegre que me prendia àquele partido. A figura de que se podia ser do PS e ser de esquerda. De que se podia ser democrata de esquerda e ser do PS. Nunca desisti por causa dele, ou de Ana Gomes, ou mesmo de Ferro Rodrigues. Admiro Alegre como admiro poucas figuras portuguesas.

No entanto, esta campanha para as Presidenciais tem posto a público a parte que nunca gostaria de conhecer de Alegre. Reconheço que Mário Soares lhe passou a perna, que o PS o tratou mal, que se assustou com um candidato de esquerda, e que, provavelmente isso irá custar uma vitória nas Presidenciais e entregar o ouro ao bandido (também conhecido como Cavaco Silva) Mas tudo aquilo que Alegre tem feito até ao momento tem sido de uma drástica teatralidade e de um mau gosto inconcebível. Não vou votar (se fosse votaria Soares ou Louçã), estou no estrangeiro, e os serviços do Consulado são medíocres a um ponto de nos perguntarmos se não seria melhor mudar de nacionalidade…, mas voltando às eleições, não votaria em Alegre por muitas razões, entre as quais algumas que podem encontrar no texto abaixo, publicado no Diário Digital. E confesso que tenho pena.

Manuel Alegre e os mortos
por Luís Carvalho

Bem sei que uma campanha eleitoral é, ou tem sido, um conjunto de momentos, mais ou menos espontâneos, que visando a eleição de alguém ou de um partido, conduz, mais cedo ou mais tarde, invariavelmente à asneira. É certo que se a maioria dessas asneiras são compreendidas pelos cidadãos, e até desculpadas ou esquecidas, também não é menos verdade que algumas têm o condão de decidir actos eleitorais a favor ou desfavor daquele que asneira.
Recordo-me, de repente, do célebre lapso do PIB de Guterres em 1995 e do não menos célebre “bolo-rei” de Cavaco em 1996.

Como estes há imensos momentos de pura infelicidade que as televisões ampliam à dimensão de verdadeira desgraça para os visados.
Há contudo outro tipo de asneiras, aquelas que só o são para aqueles que as ouvem mas que para os próprios asneirentos são reflexos naturais da sua personalidade e da sua maneira de ser.
Esta campanha eleitoral teve já, da parte de Manuel Alegre, quatro momentos que mais do que mera infelicidade são a prova que o candidato junta às suas qualidades, muitas fraquezas de espírito. Falo da invocação deplorável que faz, de pessoas que infelizmente já nos deixaram. Todas têm a particularidade de serem homens de grande dignidade, mais do que aquela que Alegre parece demonstrar.

Não satisfeito por ter num debate com Jerónimo de Sousa ter invocado o nome de Lino de Carvalho, o saudoso deputado do PCP, Alegre mais recentemente “apropriou-se” da imagem e da figura de Álvaro Cunhal que se não é exclusiva do Partido Comunista, não é certamente aceitável que seja usada pelo candidato.

Depois foi aquela “arruada” pelo cemitério de Coja, para visitar a campa de Fernando Valle. Impunha-se o resguardo da dignidade do local. Que me recorde foi a primeira vez que vi uma acção de campanha num cemitério. Já tinha visto, e criticado Santana Lopes e outros, pelas suas idas à igreja para homenagear Sá Carneiro, mas nunca tinha assistido a tal indignidade.
Agora, por causa de uma deslocação à lota de Matosinhos, Alegre invoca o nome de Sousa Franco num acto de reprovável mau-gosto. Além de associar a figura do professor exactamente ao local onde tragicamente perdeu a vida, Alegre cola-se novamente a alguém que em caso algum lhe daria o apoio na sua candidatura a Belém. Até nisso Alegre poderia ter algum laivo de dignidade, limitar-se a invocar aqueles que em vida lhe dariam o seu apoio. Mas nem isso.

Se Manuel Alegre não respeita os mortos, como quer ele dignificar os vivos?

PS- Não falei, propositadamente, em João Amaral, também ele invocado por Manuel Alegre. A referência feita pelo candidato a João Amaral merece todas a minhas críticas à excepção do facto de eu admitir que ele João Amaral poderia ser um apoiante da candidatura de Manuel Alegre. Ficará sempre a dúvida.

Grande Filme


Fui ontem ao cinema Kriterion ver este excelente filme/documentário. Aconselho. Muito Bom.

#1

segunda-feira, janeiro 16, 2006
Ás vezes gostava de saber muito sobre uma coisa, ao invés de saber pouco sobre muitas coisas…

Trágico!!!!!!!!!!

domingo, janeiro 15, 2006
Ainda estou de boca aberta, depois de ler estes dados (notícia de hoje do jornal Público) ficou cada vez mais com a sensação de que o meu país precisa de outra revolução. Sobretudo ao nível de mentalidades. Demasiadas coisas erradas se passam na minha terra! Começa a ser tempo de mudar, a sério. Estes dados são trágicos!

Portugal permanece o país
mais desigual da Europa

Portugal é o país mais desigual e mais pobre da União Europeia e a diferença entre os mais ricos e os
mais pobres acentuou-se a partir de 2001. O número de pessoas a viver com menos de 350 euros por
mês ronda os dois milhões e teima em não descer

A Democracia existe em Portugal?

sexta-feira, janeiro 13, 2006
E eu a pensar que o meu país era uma Democracia. Depois de ler esta notícia, vejo que afinal não o é. Triste demais. Bem, como diz o outro, acho que é mesmo necessário outro 25 de Abril. Desta vez a sério!!!

O Procurador-Geral da República admitiu hoje que a notícia do 24horas sobre registo de chamadas telefónicas de altas figuras do Estado no âmbito do processo Casa Pia contém «elementos extremamente graves» e reafirmou que será «instaurado um inquérito rigoroso». in Diário Digital 13-01-2006

Que jornalismo é este?

quinta-feira, janeiro 12, 2006
Alguém me explica que raio de notícia é esta que aparece hoje no Diário Digital. Mais uma encomenda do moço de recados do PSD, o Sr. Luís Delgado….


Kátia Guerreiro, a «primeira-dama» da campanha de Cavaco

Sempre ao lado de Cavaco Silva, a fadista Kátia Guerreiro já ultrapassou o papel de mandatária para a juventude, conquistando o estatuto de «primeira-dama» da campanha do candidato presidencial.

Sem falhar uma acção, sempre sorridente, a fadista distribui panfletos na rua, chama a atenção para as pessoas que das janelas querem cumprimentar o candidato e até segura no microfone dos jornalistas que não conseguem «furar» para ouvir as declarações do «professor», a forma como sempre se refere a Aníbal Cavaco Silva.

Mas é à noite, quando em todos os jantares recebe o candidato cantando ao vivo o hino «Portugal Maior», que Kátia Guerreiro se destaca como uma das principais figuras da campanha.
«Fui eu que me disponibilizei para cantar em todos os jantares o hino ao vivo. Já que estou cá, senão até parecia que nem sabia o hino», explicou Kátia Guerreiro, em declarações à Agência Lusa.

Quando vêem a fadista subir ao palco e começar a definir o que é fazer «Portugal Maior» - «É romper a bruma/abrir o dia/é rasgar o medo/é fazer melhor» - os apoiantes já sabem que faltam poucos minutos para o antigo primeiro-ministro entrar na sala.

Nas noites mais sincronizadas, a chegada de Cavaco Silva ao palco coincide com o final do hino e os dois cantam o refrão final já de mãos unidas.
«O professor é um homem de afectos, mas muito reservado. Quando ele chega acima do palco e me dá um abraço ou me agarra na mão é pela emoção que está a sentir», explica.
A fadista e médica oftalmologista, que conhece Cavaco Silva há cerca de dois anos, não teme que a colagem a um político possa prejudicar a sua carreira.
«É uma coisa transitória. Depois de dia 22 regresso à minha vida normal», diz, acrescentando que tem tido algum cuidado na sua «exposição política».
«Eu não sou política, não posso começar agora a atacar os outros candidatos», justifica.
Talvez por essa razão, desde que foi apresentada como mandatária da juventude e até agora, os discursos que fez contam-se pelos dedos de uma mão, e limitam-se a enumerar as qualidades humanas de Aníbal Cavaco Silva.

No entanto, Kátia Guerreiro poderá, no decorrer da campanha, vir a ter acções paralelas, sem a presença do candidato, organizadas pelas juventudes locais.
Na rua, é reconhecida por alguns pela sua actividade de fadista e está contente com a notoriedade do hino de campanha, com a letra do histórico do PSD Dias Loureiro e musica de Francisco Proença de Carvalho, filho do advogado próximo da área social-democrata.
«Já toda a gente canta o hino, nem que seja quando chega a parte do "Portugal Maior". Mesmo quem não vem às acções de campanha, conhece o hino», congratula-se Kátia Guerreiro.
De facto, o hino é a única música de fundo de todas as acções de campanha de Cavaco Silva, repetido até à exaustão durante todo o tempo que duram os almoços e jantares.
Sobre as razões que levaram o candidato apoiado por PSD e CDS- PP a escolhê-la, Kátia Guerreiro, que se assume como independente, diz que apenas pode adivinhá-las.
«O professor admira muito o que tem ouvido falar de mim.

Quando se alia a pessoas de sucesso, ele próprio sabe o que batalhou para chegar onde chegou», diz. Se Cavaco Silva for o próximo Presidente da República, Kátia garante que não «espera nada», mas não fecha a porta a novas colaborações.
«Tudo aquilo que o professor precisar de mim, estou sempre disponível», afirmou.
in Diário Digital / Lusa, 12-01-2006

Os jovens Tugas

À pergunta do jornal Público sobre se os media andavam a mal tratar a campanha de Soares, um jovem responde assim:

Tiago Henrique
Estudante, 22 anos

“Não sei. Não tenho acompanhado o assunto, porque
também não me interesso muito por estas coisas de política.
Mas, pelo que dizem, o Cavaco tem andado muito interventivo.”
in Público Local, 12-01-2006

Sei que não se deve generalizar, mas confesso que fico muito triste quando leio estas declarações. Sobretudo porque acredito que é assim que pensa a maioria dos jovens desta idade, desta geração.


Valerá a pena estar um gajo a chatear-se com politiquices quando os “putos” pensam assim. Frustrante, muito frustrante...

Palavras para quê?


* foto retirada dos amigos do Tugir.

Verdades ditas

Finalmente alguém tem coragem de falar sobre o que se passa com as empresas e os patrões portugueses. Mau demais para ser verdade. Como é que Portugal pode ir a algum lado se tem uma Economia paralela bem melhor que a real, e alimentada pela banca nacional. Aqueles que declaram os lucros nas off-shores…

“A CGTP acusou hoje os patrões das empresas portuguesas de subdeclararem os salários, desviando "milhões de euros" da Segurança Social, com "pesadas consequências" sobre o financiamento do sistema.

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, afirmou que - comparando as remunerações declaradas pelos trabalhadores por conta de outrem com os salários de base e os ganhos - verifica-se que "há um elevado volume de subdeclaração de salários". In Público, 12-01-2006

Descoberta musical (mais uma)

quarta-feira, janeiro 11, 2006




Coco Rosie.

Conheci em casa da Conkilha. Ouvi em vinil, e pareceu-me interessante. Saquei e tenho estado a ouvir. Muito bom, pelo menos assim o acho.
Quem gosta de Pascal Comelade e Anthony & The Johnsons não fica nada mal servido com o som destas senhoras.

Novidades Apple #4


Ontem em São Francisco, no MacWorld, foram apresentadas as novidades Apple para este início de ano. Certamente que dentro de poucos meses, talvez 1 ou 2, as novidades irão voltar, e a data de 1 de Abril será certamente presenteada com alguma (s) novidade (s), visto tratar-se dos 30 anos da marca fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak.

Para além dos novos computadores a Apple apresentou um upgrade do sistema operativo (MAC OS X) e os novos iLife ’06 e iMac ’06, para além de um gadget para a nova geração de iPods que permite sintonizar rádios em FM (Finalmente!!!).

A grande novidade, no entanto, foi a apresentação dos computadores com processadores Intel. Exacto, esses mesmos que os pc da Microsoft costumam ter, mas agora melhorados. Isto irá permitir que, num futuro próximo, os utilizadores de Mac possam correr programas da Microsoft nos seus sistemas sem quaisquer problemas.

Claro que a Microsoft também não dorme, mas para quem já conhece o sistema operativo da Apple, o tal MAC OS X, e dá uma vista de olhos no novo “Vista” da Microsoft tenderá a perguntar-se: qual é a novidade do Vista? Aparentemente nenhuma, quase tudo copiado.
Por isso se continua a dizer que os computadores da Microsoft são electrodomésticos, enquanto os da Apple são computadores a sério.

Experimentem e deixem-se apanhar pela doença da Maçã. Mas cuidado, depois não há cura!

Novidades Apple #3





Não resisto a mais umas fotos do novo Mac Book Pro.

Novidades Apple #2


O novo, e lindo, Mac Book Pro de 15" com webcam incorporada. Talvez o melhor notebook feito até hoje. Uma verdadeira máquina de trabalho portátil (e muito leve). Cerca de 4x mais rápido que o anterior Power Book G4. Por "apenas" 2139 Euros.

Novidades Apple #1


O novo iMac com processador Intel. 2x mais rápido.

Terá razão??? Nããã....

"Portugal é um país atrasado. Penso que Lisboa está 20 anos atrás de Moscovo. É uma aldeia grande, onde não há lugar para as crianças brincarem na rua", referiu o médio do Benfica, Karyaka

Descoberta musical recente.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Gosto muito, e aconselho quaisquer dos cd's.
E só conheço desde sexta-feira passada.

Todays mood: Fight Club!!!!!!!!

Het Ketelhuis




Ontem visitei um espaço muito interessante em Amesterdão, o Het Ketelhuis. Um cinema muito interessante, onde os filmes são visionados em sofás ou cadeiras bastante confortáveis. Mas o melhor nem é bem o cinema, mas sim o café que também faz parte da “casa”. Muito holandês, muito gezellig. Com as famosas mesas comuns cheia de jornais; espaço para nos sentarmos em cima dos Fatboy e ainda recantos para a criançada ficar com os pés pretos; para além de livros, informação cultural; boa música, bom café e até Chocomel com Rum (lekker, lekker).

A única falha é não ter, pelo menos segundo sei, uma rede de Internet livre em wi-fi. Então seria perfeito.

Pensei logo num espaço assim em Lisboa. Existem tantos espaços abandonados na “Cidade Branca”, que esta seria uma boa ideia para a capital portuguesa.

No entanto, e como tudo o que é bom acaba, tive conhecimento de que o espaço irá ser remodelado e irá ficar assim (ver foto abaixo)…não é mau, mas acho que perde a alma…ainda por cima Amesterdão já tem tantos cinemas novos e com salas grandes…enfim. É aproveitar este espaço até finais de Maio, depois será apenas uma recordação.

Sismos em Lisboa

Apesar do longo bocejo que é a sociedade portuguesa, e do caos económico-social, e da grande probabilidade de termos o Aníbal como Presidente da República (apesar de ele não fazer a mínima ideia do que isso é), estas são as notícias que me fazem ficar com um nó na garganta e, sinceramente, as que tenho mais receio de ler:

Terça-feira, dia 10-01-2006
- Sismo de 5 na escala de Richter sentido em Lisboa às 01:09
Segunda-feira, dia 09-01-2006
- Sismo de 5.1 na escala de Richter sentido em Lisboa às 16:40



Apple apresenta...

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Hoje (terça-feira) há novidades com sabor a maçã.

A partir das 18.00h, (hora em Amesterdão, 09horas de São Francisco, Califórnia), Steve Jobs vai apresentar mais revoluções informáticas. Fala-se de tudo! De novos computadores portáteis e de novos computadores feitos já com base no novo processador da Intel. Fala-se também de novo software, etc, etc.

Veremos, dentro de horas, quais as novidades.

Film Festival Rotterdam




A não perder!! Está quase, e os bilhetes já estão à venda (informação errada, segundo melhores fontes, estão à venda apenas a partir de dia 21. Obrigado pb)

(Não façam com eu que, no ano passado, estava a viver em Delft, a escassos 15 km de Roterdão e não consegui ver nenhum filme)

Mau, muito mau.

É demasiado triste que isto se esteja a passar no meu país:

À passagem da Comitiva de Cavaco por alguns locais em Portugal, é isto que acontece (até parece um encenação, não acham?):

"Mulheres que beijam as mãos do candidato, outras que choram e
mandatários que falam de um político como “a última tábua de salvação” do país. Messianismo ao rubro em Portugal".

Pergunta

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Pergunta aos emigras Tugas pelas terras holandesas: Como acham que teria seguido a vossa vida se não tivessem vindo para cá?

Bom fim-de-semana.

Para reflectir…



Segundo uma estimativa do Fundo Alimentar Mundial, responder às necessidades anuais mais básicas de alimentação no continente africano custaria um terço do que a Europa gasta por ano no consumo de gelados, ou 10 por cento do que os Estados Unidos gastam com os cuidados com os seus animais de estimação.


Dá que pensar, não dá?

Cristina Branco in A'dam


E porque não? Cristina Branco em Amesterdão!

A nódoa ataca de novo...

E querem os portugueses esta nódoa como Presidente...

Pergunta:
Qual foi o último livro que leu?
Cavaco:
Um livro sobre o terramoto. Não vou mencionar o autor, porque alguém que é candidato a Presidente da República pode estar a ser injusto em relação a outros autores que não menciona.[Cavaco Silva em entrevista à SIC, 51.2006]

Today on my iPod:

quinta-feira, janeiro 05, 2006

2046 Soundtrack

Elvis Costello and the London Symphony Orchestra


Sigur Rós - Takk

Prometo não apanhar a depressão da minha vida...